O PACT – Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia dispõe agora de salas imersivas, equipadas com tecnologia de ponta, que estão disponíveis para a comunidade da região.

A inauguração decorreu no dia 29 de abril e contou com a presença de Soumodip Sarkar, presidente executivo do PACT, e de António Ceia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo.

Segundo o PACT, “as salas imersivas estão equipadas para gaming, realidade virtual e outras tecnologias e estão disponíveis para empresas do PACT, bem como para a comunidade e estudantes do Alentejo”, constatando que “estão integradas no edifício Centro Infante Dom Henrique, aberto ao público em setembro de 2022”.

Em declarações aos jornalistas, Soumodip Sarkar explicou como surgiu a ideia. “Esta é uma experiência recente”, lembrando que “fizemos um evento no ano passado sobre este tema e tivemos uma sala cheia de jovens, alguns até vieram do Porto”.

Na sua opinião, “não podemos fazer algo só para empresas e pessoas aqui do Alentejo, mas também para jovens, daí surgiu a ideia de investir nesta área”, recordando também que “o PACT faz parte de um projeto grande, o eGames Lab, que é financiado pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, embora o nosso papel não seja tanto promover o gaming”.

A par disso, o presidente executivo do PACT salientou que “falei com alguns jovens e todos gostaram da ideia de termos aqui um espaço à volta do gaming, ao qual se junta a Inteligência Artificial (IA), surgindo assim a ideia das salas imersivas com experiências virtuais o mais reais possíveis”.

Admitiu que “conheço várias partes do mundo onde fazem coisas parecidas e também o quero fazer aqui, até porque quem diria que no Alentejo podíamos ter algo tão avançado”, frisando que “não conheço no país mais salas como estas, embora possam existir versões mais simples”.

De acordo com Soumodip Sarkar, “este projeto ainda não está a funcionar em pleno porque ainda não temos todo o equipamento, que custa muito dinheiro”, apontando que “só uma parte do projeto é que é financiada, o resto é nossa vontade e estamos à procura de mais apoios”.

Por sua vez, João Assunção, diretor de operações do PACT, adiantou que “o equipamento que está neste momento nas duas salas ronda os 130 mil euros, contando com o apoio de fundos comunitários através do POCTEP”.

Especificou também que “temos dois tipos de salas”, referindo que “o Laboratório Colaborativo está mais direcionado e preparado para gaming e IA, com placas gráficas de grande desempenho, podendo a realidade virtual ou aumentada ser útil para a formação”.

Quanto ao outro espaço, João Assunção revelou que “é a Sala do Futuro, com painéis dinâmicos e está preparada para recorrer a novas tecnologias no âmbito de apresentações e conferências à distância, podendo utilizar-se a capacidade de painéis dinâmicos de alto rendimento para promover essas aproximações às empresas”.

A este respeito, Soumodip Sarkar acrescentou que “o potencial da Sala do Futuro é enorme”, exemplificando que “uma empresa pode promover aqui uma formação na área da utilização de máquinas não sendo necessário ter máquinas físicas”.

Reiterou que “podem ser criados jogos e com o apoio de óculos 3D é possível ter uma experiência virtual quase real, como se fosse numa sala com as máquinas a funcionar realmente”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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