Face à pressão exercida sobre o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) devido à COVID-19, o município de Évora anuncia que tem já preparada uma estrutura que poderá começar a ser usada assim que esta unidade entender. O anúncio é feito pelo presidente da Câmara Municipal de Évora ao “Diário do Sul”, adiantando que teve indicação de que este equipamento pode entrar em funcionamento já nos próximos dias.

O espaço é o pavilhão da antiga Siemens, em frente ao Centro de Formação Profissional do Instituto de Emprego e Formação Profissional, na zona industrial de Évora, no Bairro da Horta das Figueiras.

“A estrutura está totalmente equipada, tem camas, variados equipamentos, estando preparada para receber cerca de 40 utentes”, explica Carlos Pinto Sá, adiantando que pode ser expandida para mais camas.

O autarca mostra-se preocupado com o aumento muito significativo de casos de Covid, sobretudo num conjunto de lares que “tem causado uma maior pressão sobre o hospital”. No caso particular do concelho de Évora, o presidente diz que o mais preocupante é o de um lar da Santa Casa da Misericórdia de Évora que está a ser acompanhado pela saúde pública.

Quanto ao Lar da Casinha já foi evacuado, “os utentes estão já a receber apoio e o espaço já foi desinfetado, esperando que possa brevemente retomar o seu trabalho para receber os utentes que estão recuperados”.

Carlos Pinto Sá salienta que os surtos nos lares do distrito de Évora, em vários concelhos do Alentejo Central como “Mourão, Vendas Novas, Montemor-o-Novo, Viana do Alentejo e Mora são problemas muito significativos que estão a pressionar os meios e a resposta do Hospital do Espírito Santo de Évora”. E acrescenta: “Os lares estão a enviar pessoas e o hospital esgotou a sua capacidade”.

O autarca considera que este elevado número de casos a que estamos a assistir resulta também das famílias, como já havia dito. “Começamos a assistir às consequências do período natalício, que era um receio que tínhamos”, frisa.

O responsável volta a apelar à responsabilidade, solicitando para que as pessoas tenham muito cuidado e respeitem as regras de segurança indicadas pela Direção Geral de Saúde como a utilização da máscara, o distanciamento social e a correta higienização das mãos.

Autor: Maria Antónia Zacarias

Foto: DS/Arquivo

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