Uma celebração eucarística presidida pelo arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, assinalou simbolicamente o retomar do culto na Igreja do Mosteiro de São Bento de Cástris.

A proposta partir da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo), com o objetivo de devolver a função cultural a este monumento nacional, localizado em Évora.

Aberta a toda a comunidade, a missa foi celebrada no dia 7 de dezembro e assumiu particular significado religioso, social e cultural.

Segundo a DRCAlentejo, “a fundação desta igreja monástica, erguida sobre uma antiga ermida dedicada a S. Bento, data de 1328, tendo este monumento perdido a sua vocação inicial em 1890, data da morte da última freira”.

A mesma fonte adiantou que “a posse passou então para o Estado e desde essa data até à atualidade teve várias utilizações, nomeadamente como instalações da Casa Pia masculina”.

É também de realçar que, “desde 2012, o Mosteiro de São Bento de Cástris está afeto à DRCAlentejo, que ali tem realizado várias intervenções com vista à sua recuperação”.

A DRCA deu ainda conta de que “quando se aproxima o final da nossa missão, que vai ocorrer a 31 de dezembro, solicitou a colaboração da Arquidiocese de Évora, no sentido de podermos novamente abrir a Igreja ao culto regular, encerrando assim a nossa missão ao longo destes 12 anos e passando a tutela para o Património Cultural, Instituto Público (PC IP), com sede no Porto”.

À margem do evento, Ana Paula Amendoeira, diretora regional de Cultura do Alentejo, começou por “agradecer ao senhor arcebispo por ter acedido à proposta da DRCAlentejo para retomar o culto aqui na Igreja do Mosteiro de São Bento de Cástris de forma regular, neste caso mensalmente; bem como por se ter disponibilizado para celebrar esta primeira missa”.

Sublinhou que “quisemos assinalar simbolicamente o fim desta missão, em que a DRCAlentejo passa a tutela deste monumento para o PC IP, a partir de 1 de janeiro”.

A mesma responsável focou que “podermos deixar a garantia de que há uma regularidade de culto na igreja do mosteiro é muito importante para nós”.

Recordou ainda que, “neste dia, fez um ano que foi atribuído o título de Capital de Cultura a Évora em 2027, sendo uma efeméride que também quisemos assinalar com esta iniciativa simbólica e religiosa, que no fundo traz as funções para que os edifícios foram construídos”.

Ana Paula Amendoeira reforçou que “fazemos aqui reuniões, colóquios, concertos, mas a sua função essencial é a do culto”.

Relativamente às intervenções feitas no Mosteiro de São Bento de Cástris, frisou que, “desde 2012, temos feito sucessivas campanhas de conservação e recuperação, de acordo com as nossas possibilidades e com muitas dificuldades financeiras”.

A diretora regional adiantou ainda que “chegámos a este período, no final da missão da DRCAlentejo, com cerca de metade deste conjunto recuperado e com um investimento de três milhões de euros”.

Exemplificou que “há equipamentos que estão prontos para residências artísticas e também para os projetos relacionados com a Capital Europeia da Cultura, que já temos protocolados com o Município de Évora, nomeadamente o projeto relativo à Escola de Música da Sé de Évora que vai funcionar aqui”.

Na eucaristia, o arcebispo de Évora mencionou que “no Mosteiro de São Bento de Cástris temos marcas de tantas presenças ao longo dos séculos”, lembrando “as várias funções que já assumiu este edifício”.

D. Francisco Senra Coelho destacou também “o papel que a DRCAlentejo tem tido nos últimos tempos neste mosteiro”, realçando “as intervenções que já foram feitas”.

Fez ainda referência “ao assinalar do primeiro ano do anúncio de Évora como Capital Europeia da Cultura”, evidenciando a importância “da Escola de Música da Sé de Évora ficar instalada neste local”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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