Entre 6 e 9 de setembro, a cidade de Évora vai ser “palco” da oitava edição do Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia (APA). Vários espaços vão acolher iniciativas ligadas ao evento, decorrendo a maior parte das sessões na Universidade de Évora (UÉ).

“Os Novos Anos 20: Desafios, Incertezas e Resistências” é a temática principal que está em foco neste ano, trazendo assim “debates antropológicos contemporâneos para o Alentejo”, destacou a UÉ, em nota de imprensa.

Segundo a mesma fonte, “a conferência inaugural, a decorrer no Colégio do Espírito Santo (CES) da UÉ, no dia 7, pelas 9 horas, abre os trabalhos deste congresso que estende a iniciativa a outros espaços da cidade eborense”.

Acrescentou ainda que “o lançamento de livros no Colégio Luís António Verney, da UÉ, bem como as sessões intituladas Conversas a Sul, a decorrer no CES, fazem parte do programa desta iniciativa, que reúne em Évora antropólogos de diversas universidades”.

Citada na mesma nota de imprensa, a APA explicou que “propomos que as pessoas que fazem e pensam a Antropologia no mundo atual se possam encontrar presencialmente na bonita UÉ, à volta de uma mesa, para conversar, refletir (e também comer) juntas”.

A par disso, salientou que pretende-se “dar a conhecer à cidade aquilo que as/os antropólogas/as fazem, pelo que este encontro será completo com uma programação cultural gratuita e aberta à cidade a decorrer em vários espaços, com debates, mostra de cinema, exposições, concertos e oficinas”.

No site da APA, os organizadores recordaram que “a pandemia reconfigurou as vidas e as práticas sociais de todas e todos, ao mesmo tempo que acentuou dúvidas e incertezas, trouxe receios e apreensões”, considerando que “tornou mais necessária a compreensão e o entendimento do que se está a passar”.

A mesma associação focou ainda que “questionámos a sustentabilidade do planeta e o equilíbrio na relação entre humanos e não-humanos (ou a sua falta)”, constatando que “confirmámos a precariedade de tantas vidas, o colapso de tantos sistemas de saúde, discutimos o controlo dos Estados sobre as nossas rotinas e os nossos corpos e fez-nos descobrir insuspeitas dimensões do viver”.

Perante este cenário, a organização reiterou que “agora queremos virar a página”, sustentando que “os novos anos 20 são isso mesmo: pensar que, nas cinzas de uma década que chegou ao fim, há uma nova à porta (tímida, é certo), mas cheia de desafios”.

Ao longo destes dias de trabalho em Évora, a APA espera que surjam “sinais e hipóteses de trabalho”, acerca de questões como “as expectativas que construímos para o futuro ou o que receamos, enquanto antropólogas/os, nas políticas públicas, nas necessidades e carências das comunidades, nos direitos adquiridos”.

Neste congresso, também serão abordados “os caminhos a percorrer na reconfiguração de conceitos como normalidade, rotina, espaço privado ou espaço público”, sem esquecer “as resistências e incertezas que daqui decorrerão”, adiantou a organização.

Comentando que “podemos sempre continuar a observar, ouvir, registar e (re) agir”, a APA questiona “o que mais podemos fazer, enquanto antropólogas/os engajados com o mundo e a(s) sociedade(s) em que vivemos e trabalhamos”.

Para mais informações sobre o congresso, e o respetivo programa, consultar o site: https://apa2022.apantropologia.org/

Autor: Redação DS / Marina Pardal
Foto: APA

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