As insolvências em junho aumentaram 11% em relação ao mês homólogo de 2023 e no acumulado do primeiro semestre deste ano face ao mesmo período do ano passado, o aumento ascende a mais de 18%, com um total de 2.155 ações de insolvência.

Por tipologia de ações, o primeiro semestre de 2024 caraterizou-se por um aumento de 59% nas declarações de insolvência requeridas por terceiros (mais 160 pedidos, num total de 433 ações), enquanto as declarações apresentadas pelas próprias empresas aumentaram 81% (mais 229 pedidos, num total de 512 ações). Os encerramentos com plano de insolvência aumentaram 114% face a 2023 (mais 16 ações, num total de 30). O primeiro semestre deste ano terminou com o encerramento de 1.180 processo de insolvência (declaração de insolvência), menos 75 do que em 2023. O semestre registou mais 330 ações de insolvência do que em 2023, que se traduzem num incremento de 18%.

Lisboa e Porto são os distritos que apresentam maior número de insolvências, 499 e 538, respetivamente. Face a 2023, verifica-se um aumento superior a 14% em Lisboa e de 42% no Porto. 

Também com aumentos nas insolvências destacam-se os seguintes distritos: Guarda (+567%); Ponta Delgada (+114%); Castelo Branco (+106%); Santarém (+59%); Portalegre (+44%); Évora (+38%); Braga (+34%); Bragança (+30%); Viseu (+24%); Beja (+22%); Faro (+17%); Aveiro (+6,2%) e Vila Real (+4,5%).

Os decréscimos nas insolvências registam-se nos distritos de: Horta (-50%); Madeira (-36%); Angra do Heroísmo (-33%); Leiria (-31%); Viana do Castelo (-18%); Coimbra (-16%) e, por último, Setúbal (-8,3%).

Os setores de atividade que apresentam aumento nas insolvências no semestre são: Eletricidade, Gás, Água (+150%); Indústria Extrativa (+67%); Indústria Transformadora (+45%); Hotelaria e Restauração (+17%); Outros Serviços (+16%); Comércio a Retalho (+15%); Transportes (9,3%); Comércio de Veículos (+8,8%); Comércio por Grosso (+4,8%) e Construção e Obras Públicas (+1,6%).

O setor da Agricultura, Caça e Pesca é o único que apresenta uma variação negativa de -2,9% no primeiro semestre deste ao face a igual período de 2023. 

Constituições com diminuição de 3% no semestre

As constituições em junho diminuíram quase 17% face ao mês homólogo do ano passado, com menos 651 novas empresas constituídas. O primeiro semestre de 2024 conta com um total de 27.050 novas empresas constituídas, valor que traduz um decréscimo de quase 3% face ao mesmo período do ano passado. 

O distrito de Lisboa acolhe o número de constituições mais significativo, 8.449 novas empresas (-10% face a 2023), seguido pelo Porto com 4.623 empresas (-0,3%).

Com diminuição no número de constituições destacam, ainda, os distritos de: Beja (-12%); Vila Real (-7,1%); Santarém (-6,2%); Portalegre (-4,8%); Setúbal (-3,8%); Coimbra (-3,3%); Faro (-1,9%) e Leiria (-1,6%).

Os aumentos nas constituições registam-se nos seguintes distritos: Horta (+106%); Angra do Heroísmo (+27%); Guarda (+15%); Castelo Branco (+12%); Bragança (+9,6%); Vila do Castelo (+9,6%); Aveiro (+9,3%); Madeira (+8,4%); Ponta Delgada (+5,7%); Viseu (+5,4%); Braga (+3%) e Évora (+2,1%).

No primeiro semestre de 2024, os setores de atividade que apresentam uma variação positiva na constituição de novas empresas são: Telecomunicações (+64%); Indústria Extrativa (+33%); Construção e Obras Públicas (+8,1%); Comércio de Veículos (+2,9%); Comércio Retalho (+2,3%) e Outros Serviços (+0,3%). Com variação negativa surgem as atividades de: Transporte (-25%); Eletricidade, Gás, Água (-17%); Comércio por Grosso (-10%); Hotelaria e Restauração (-4,6%); Agricultura, Caça e Pesca (-4,1%) e Indústria Transformadora (-1,7%).

Fonte: Nota de Imprensa / Iberinform
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