Aberto desde o final de 2024, o restaurante Forno da Telha aposta em “celebrar a essência alentejana”. O espaço situado em Évora junta também outros conceitos, nomeadamente o de piscina e de bar, chegando assim a diferentes públicos.
É perto das Portas de Aviz, na Estrada Penedo do Ouro, que se encontra localizado, ocupando uma antiga fábrica de telhas.

No dia 29 de maio, decorreu o evento de apresentação do restaurante Forno da Telha, que tem assinatura criativa do chef Miguel Rocha Vieira, sob a chancela da AHM – Ace Hospitality Management.
Na ocasião foram apresentados os diferentes conceitos do novo espaço, num evento que contou com a presença de produtores da região e convidados institucionais.

Em declarações aos jornalistas, André Ornelas, diretor de operações da AHM, adiantou que “estivemos a celebrar a abertura do restaurante, que já aconteceu no final do ano passado”, reiterando que “abrimos as portas para mostrar este espaço e para a cidade conhecer um produto efetivamente diferenciador”.
Na sua perspetiva, “Évora tem uma posição geográfica estratégica no nosso conceito e acreditamos que esta cidade precisava de um lugar moderno”, salientando que “temos um portfólio de norte a sul e Évora estava um pouco perdida no nosso mapa”.

De acordo com o mesmo responsável, “identificámos aqui um potencial num território com uma gastronomia fantástica”, lembrando que “uma das principais razões para as pessoas virem a Évora é precisamente pela gastronomia”.
Destacou ainda que “o Forno da Telha é um espaço versátil que traz um produto diferenciador, combinando quatro conceitos”.

Nesse sentido, André Ornelas adiantou que “temos o nosso wine bar, aberto das 12 às 00h00, com alguns petiscos alentejanos e uma vasta seleção de vinhos a copo”.
Deu conta de que “a piscina está aberta desde as 9 até às 20 horas, para todas as pessoas que vivem em Évora e as que visitem a cidade”, com diferentes pacotes de acesso. Falou ainda de um espaço “mais direcionado para o social e empresas, para a realização de eventos temáticos ou um casamento, por exemplo”.

O diretor de operações da AHM realçou também que “a nossa estrela é o restaurante, que nasceu do antigo palacete que aqui existia, onde celebramos a essência alentejana”.
A este respeito, o chef Miguel Rocha Vieira, VP de culinária e artes na AHM, acrescentou que “a grande preocupação foi prestar uma homenagem ao Alentejo, as suas gentes, as tradições e a cultura”, assegurando que “respeitar essa essência alentejana foi um ponto de partida e é muito importante para nós”.

Focou que “antes da abertura andámos pelo Alentejo mais profundo, falámos com as pessoas, provámos muito e aprendi imenso”, explicando que “tentamos depois dar a nossa interpretação, de alguém que vem de fora, a esta gastronomia alentejana”.
Para Miguel Rocha Vieira, o que mais o surpreendeu foi “a cozinha alentejana ser tão rica e tão simples ao mesmo tempo”, constatando que “com dois ou três ingredientes conseguimos fazer coisas deliciosas e essa é uma lição que devemos tirar”.

Por sua vez, Alex Silva, chef residente do restaurante Forno da Telha, deu exemplos de alguns pratos mais pedidos pelos clientes.
“Temos a presa de porco preto com as migas de batata, é a nossa interpretação de um prato da região, normalmente é sempre a presa grelhada bem passada, aqui fazemos mais rosada”, disse, evidenciando também “o lúcio perca com caldo de enchidos, que, embora não pareça, é uma combinação que resulta”.

Em relação aos doces, chegam até à mesa do cliente de uma forma diferente. “Vão num carrinho de sobremesas que foi idealizado pelo chef Ricardo, chef de pastelaria do grupo”, esclareceu Alex Silva, frisando que “é uma espécie de montra, o cliente escolhe a sobremesa e depois é empratada pelos empregados de mesa”.
Sublinhou que “são sobremesas mais tradicionais com um toque de modernidade”, dando como exemplo “a nossa interpretação das farófias do Alentejo”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS