Foi na sede da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) do Alentejo Central, em Évora, que decorreu a entrega de donativos a 42 Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
Em nota de imprensa enviada ao Diário do Sul (DS) é referido que “o Conselho de Administração do Crédito Agrícola (CA) do Alentejo Central deliberou atribuir um apoio no montante de cinco mil euros a cada uma destas 42 IPSS nossas clientes, que desenvolvem a sua meritória ação nos nove concelhos onde estamos inseridos”.

Recorde-se que a CCAM do Alentejo Central está presente em nove concelhos, nomeadamente Alandroal, Arraiolos, Évora, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sousel e Vila Viçosa, dispondo de 19 agências dispersas por estes territórios.
A mesma fonte adiantou que “estas instituições desempenham atualmente uma função de inestimável importância no apoio às populações, em especial às mais carenciadas, nomeadamente na área do apoio social”, especificando que “disponibilizam serviços essenciais como lares, centros de dia, unidades de cuidados continuados e paliativos, creches ou jardins de infância”.

O CA do Alentejo Central garantiu ainda que “reconhece e valoriza o esforço desenvolvido por estas instituições, que bastas vezes se defrontam com limitações e carências de ordem vária, nomeadamente financeiras”.
Acrescentou que “as dificuldades sucessivas, desde a Covid, passando pelas guerras e a instabilidade internacional, também não nos passaram, nem passam, ao lado” e afirmou que “enfrentamos as adversidades, assumindo uma gestão prudente e responsável, acompanhada por um desempenho acrescido de todos os colaboradores desta centenária instituição financeira”.

A mesma fonte focou também que “mantivemos uma solidez robusta que nos permite apoiar entidades da área social da nossa região”.
Nesse sentido, a cerimónia de entrega dos donativos decorreu no dia 25 de setembro e contou com a presença da secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, bem como do presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM), Sérgio Raposo Frade.

Em declarações ao DS, o presidente do Conselho de Administração da CCAM do Alentejo Central, José Tirapicos Nunes, explicou que, “este ano, decidimos privilegiar estas IPSS porque no fundo são elas que mantêm ainda vivas populações em pequenas aldeias e vilas”, constatando que “quando tudo parte, elas ficam a cuidar dos que lá estão”.
Como tal, assumiu que “achamos que merecem todo o apoio e associamo-nos a elas, pois, pela proximidade, conhecemos o que fazem”, assegurando que “esta é a nossa maneira de estar”.

Na sua perspetiva, “esta ação também resulta de um empenhamento de todos os nossos colaboradores para fazerem o melhor”, lembrando que “foi pela ‘mão’ deles que nos chegaram aqui estas instituições para serem reconhecidas as suas atividades”.
Segundo José Tirapicos Nunes, “sabemos que estas IPSS têm dificuldades, por exemplo, para comprar uma cadeira de rodas ou uma cama especial”, apontando que “este montante permite isso, é um dinheiro com que não contavam”.

Especificou que “as instituições podem decidir o fim a que se destina, pois é entregue com confiança no trabalho destas IPSS, que saberão utilizá-lo da melhor maneira possível, investindo em proveito dos outros”.
Na sua opinião, “uma das grandes riquezas destas instituições é que trabalham e investem em proveito dos outros”, considerando que “estas IPSS precisam de ‘palco’, pois, por vezes, nestas localidades mais pequenas, as pessoas não sabem que elas existem”.

Para o presidente do Conselho de Administração da CCAM do Alentejo Central, “estamos a dar visibilidade a um trabalho muito sério e muito honesto, realizado em prol dos outros, que muitas vezes não se vê e que continua a manter vivas as populações nestes locais”.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração Executivo da CCCAM recordou que “o retorno às comunidades está no nosso ADN e aqui o CA do Alentejo Central bem o demonstra”.

Sérgio Raposo Frade salientou que “na maioria das caixas está nos nossos estatutos o retorno às comunidades e às regiões nas quais as caixas nascem”, comentando que “estas instituições são associadas e/ou clientes da CCAM e o retorno às comunidades também se faz desta forma, através do apoio e do incentivo a este tipo de iniciativas”.
Sustentou que “a CCAM nasce nas comunidades onde está e, portanto, vive para elas, pelo que faz todo o sentido que apoie as iniciativas locais, neste caso, através de IPSS”, concluindo que “este é um fator distintivo do CA e das 67 caixas que compõem o Grupo Crédito Agrícola”.
Pode ver a reportagem vídeo no seguinte link:
https://www.youtube.com/watch?v=EHQJPrLDFIw&t=10s
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS