Exposição pop-up na Pó de Vir a Ser – Antigo Matadouro de Évora – Entrada Livre – 26 e 27 de Setembro | das 17h30 às 20h
Não pode mostrar-se o que não pode ser visto, mas a verdade não é bem essa. Aquilo que não pode ser visto pode ainda assim ser sugerido e, nessa sugestão, ser visto com uma espécie particular de clareza. É este o caso do som e da sua ausência.
– Rodrigo Magalhães
Este projeto explora a forma como a condição auditiva afeta a perceção e interação com a realidade. Parte da experiência autobiográfica da artista juliana maar que perdeu gradualmente parte da sua capacidade auditiva e tem explorado a fotografia enquanto meio privilegiado de expressão autobiográfica. Nesta proposta, em conjugação com a dimensão da espacialização sonora, resultante da colaboração com o artista Rodrigo Pedreira, procura desencadear uma reflexão sobre a experiência humana audiológica, contemplando a distorção textual de recursos linguísticos e de elementos contextuais do quotidiano da artista. Experimenta possibilidades imagéticas da fotografia, com base em autorretratos e a linguagem não verbal da composição sonora que recorre a field recordings baseadas no quotidiano da artista. Cada imagem serve de ponte entre a distorção e o silêncio.

Fotografia: juliana maar.
Instalação sonora: Rodrigo Pedreira.
Impressão Fotográfica: Blues Studio.
Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian.
Fonte: Nota de Imprensa / Pó de Vir a Ser
Fotos: juliana maar