O Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) do Alentejo Central decidiu apoiar os agricultores atingidos pelos incêndios que ocorreram este ano em Alandroal.
Segundo a nota de imprensa enviada ao Diário do Sul, “a dimensão dos dois incêndios ocorridos no concelho de Alandroal destruíram mais de 2 000 hectares de pastagens, deixando sem alimento cerca de 1 200 ovinos e caprinos, 250 bovinos e 20 equinos”.

Nesse sentido, “atendendo aos valores da proximidade e da solidariedade, o Conselho de Administração da CCAM do Alentejo Central entendeu que devia contribuir para mitigar os prejuízos dos produtores pecuários afetados”, revelou a mesma fonte.
Acrescentou ainda que esse apoio é concretizado com a oferta de “alguma alimentação para os animais, mais concretamente cerca de 220 toneladas de palha”, destacando também “a colaboração e apoio do Município de Alandroal, fundamental no processo de recebimento e distribuição pelos lesados”.

No passado dia 3 de setembro, no Parque de Feiras em Alandroal, já foi feita a entrega de um carregamento de fardos.
A esse propósito, o presidente do Conselho de Administração da CCAM do Alentejo Central, José Tirapicos Nunes, sublinhou que, “o Alandroal é uma zona que tem características climáticas e de solos que são pobres, portanto, com aquela dimensão de incêndios achámos que devíamos ajudar com alternativas às pastagens que já tinham ardido e, neste caso, escolhemos feno para dar aos animais”.

Assumiu que “há várias nuances que nos preocupam”, apontando, por um lado, “o bem-estar dos animais, pelo que quisemos contribuir para que não tenham fome”.
Por outro lado, focou “a sustentabilidade daquelas empresas agrícolas, umas de maiores dimensões e outras menores”, referindo que “não fizemos nenhuma escolha prévia de quem vai receber este apoio”.

Segundo José Tirapicos Nunes, “reunimos com o presidente da Câmara de Alandroal para que este apoio chegue às pessoas certas”, explicando que “o município tem um local onde foram armazenados estes fardos e vai promover a sua distribuição pelas pessoas mais carenciadas destes alimentos para os animais”.
Além disso, reiterou que “importa não esquecer que se a alimentação dos animais ficar mais cara isso faz subir os preços finais dos produtos, pelo que de certa maneira também estamos a ajudar aqueles que são consumidores”.

Na sua opinião, esta oferta “é no sentido de mitigar as consequências dos incêndios e de ser solidários com pessoas que estiveram na raiz do próprio Crédito Agrícola”.
O mesmo responsável especificou ainda que, “hoje, esta instituição bancária é muito diversificada, mas nós nascemos a partir dos agricultores e continuamos a ter uma representação bastante grande da área agrícola e agroalimentar”.
Pode ver a reportagem vídeo no seguinte link:
https://www.youtube.com/watch?v=XReqsyijcCw&t=28s
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: CCAM do Alentejo Central