A China entrou pela primeira vez no grupo dos dez países mais inovadores do mundo, segundo o Índice Global de Inovação 2025 da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). O país também lidera, pelo terceiro ano consecutivo, o número de clusters de inovação, com 24 no total.
De acordo com o relatório, enquanto os investimentos globais em investigação e desenvolvimento (P&D) desaceleram — passando de 4,4% em 2023 para uma previsão de 2,3% em 2025 —, a China mantém um crescimento constante, impulsionado pelo investimento empresarial e por um ambiente interno estável. Em 2024, os investimentos chineses em P&D cresceram 48% em relação a 2020, ultrapassando a média da União Europeia.
O país detém hoje mais de 3,7 milhões de patentes de invenção válidas, das quais 74,4% pertencem a empresas. A fabricante de baterias CATL, por exemplo, registou em média 16,8 patentes por dia em 2024 e lançou uma tecnologia considerada a mais segura do mundo em sistemas de baterias. A inteligência artificial é outro setor em forte expansão, com a China a concentrar 60% das patentes mundiais.
Especialistas destacam que a estratégia de desenvolvimento orientada para a inovação, aliada à proteção da propriedade intelectual e à criação de um ambiente de mercado estável, sustenta a rápida transformação tecnológica. Os efeitos já se fazem sentir globalmente: modelos chineses de IA reforçam a eficiência operacional na Arábia Saudita, pagamentos móveis dinamizam o turismo na Malásia e drones agrícolas apoiam a agricultura inteligente em África.
Nos últimos cinco anos, a China também liderou a criação de 532 novos padrões internacionais em setores como veículos elétricos, energias renováveis e aeroespacial. Estes avanços demonstram que a inovação chinesa não só reforça a resiliência da sua própria economia, como gera impactos positivos para o desenvolvimento económico mundial.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China
