OPINIÃO por João Palmeiro • Promotor e Divulgador Cultural

A coordenadora-geral do consórcio Cáceres Capital Europeia da Cultura 2031, Iris Jugo, deslocou-se a Malta com o objetivo de estabelecer sinergias e estudar projetos conjuntos com os locais deste país que, como Cáceres, concorrem ao título de Capital Europeia da Cultura 2031*. Com esta visita, Cáceres torna-se a primeira cidade espanhola a desenvolver uma missão em Malta no âmbito destas candidaturas.

De acordo com Iris Jugo, ao desenvolver a candidatura de Cáceres, “é especialmente importante trabalhar e colaborar com representantes de outros países, tanto com cidades que já foram Capital Europeia da Cultura como com aqueles que se candidatam a fazê-lo em 2031”. Essa é a razão pela qual Cáceres já está a trabalhar com representantes da Finlândia, Portugal e Itália, e também de Malta agora.

Durante esta viagem a Malta, foram realizadas reuniões com representantes de Valeta, Capital Europeia da Cultura em 2018, bem como com as cidades que partilharão a candidatura com a capital espanhola escolhida para o título de 2031.

Jugo enfatiza que Cáceres tem muito em comum com as candidaturas maltesas, algo que é bom e importante para promover projetos conjuntos e estratégias compartilhadas. A este respeito, está prevista uma visita de uma delegação maltesa a Cáceres nos próximos meses.

O coordenador sublinha ainda que “o diálogo europeu é a essência desta candidatura Capital e o povo da Estremadura sempre mostrou a sua generosidade, abertura e vontade de abraçar ideias e aprender com os outros, fazendo desta candidatura um projeto europeu profundamente partilhado”.

Cáceres 2031 pretende ser um laboratório europeu onde as culturas se encontram para “transformar o futuro através da aprendizagem conjunta e do intercâmbio de agentes culturais, ideias inovadoras e uma filosofia baseada numa Europa amiga”.

“Esta viagem a Malta não é apenas um encontro, é a semente de uma relação que une dois territórios que em 2031 partilharão a mesma perspetiva cultural. Cáceres e Malta iniciaram juntos uma jornada composta por projetos compartilhados, de artistas que dialogam além-fronteiras e de comunidades que se reconhecem em sua diversidade”, acrescenta Iris Jugo. Nessa linha, observou que “num momento em que muitas alianças são forjadas através de encontros digitais, Cáceres 2031 quis dar um passo diferente: encontrar-se, ver-se e apertar as mãos pessoalmente; porque a cultura europeia não se constrói apenas nas palavras, mas em gestos, na presença e na confiança reais».

* Em 2031 as Capitais europeias da Cultura serão indicadas por Espanha e por Malta.

Edição e adaptação de João Palmeiro com ECOCNews

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