Termina hoje mais uma edição da Feira da Luz/EXPOMOR no Parque de Exposições Municipal de Montemor-o-Novo e no Parque de Leilões de Gado.
Diferentes componentes têm marcado os seis dias de festa deste evento, organizado conjuntamente pela Câmara de Montemor-o-Novo e pela APORMOR – Associação de Produtores do Mundo Rural da Região de Montemor-o-Novo.

A exposição de gado e a mostra institucional e de atividades económicas são dois dos destaques da Feira da Luz/EXPOMOR. A par disso, há uma aposta na promoção do mundo rural, artesanato, cultura, espetáculos musicais, tasquinhas, desporto ou nos divertimentos.
A cerimónia de inauguração, na quarta-feira à noite, contou as intervenções do presidente da APORMOR, Joaquim Capoulas; do presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, António Ceia da Silva; e do presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão.

Em declarações aos jornalistas, o autarca deu conta das novidades da edição deste ano, realçando ainda as potencialidades deste certame.
“Sempre que se realiza a Feira da Luz vamos ver as coisas que correram menos bem no ano anterior e tentamos resolvê-las, tentando também dar um toque de inovação”, assumiu o presidente do Município de Montemor-o-Novo, considerando que, “este ano, a feira está mais moderna”.

Evidenciou ainda que “no Espaço Freguesias todas as freguesias passam por lá para mostrar o seu potencial ou no Balcão do Município mostramos porque é que vale a pena vir a Montemor-o-Novo”.
Segundo Olímpio Galvão, “a grande novidade deste ano é o próprio pavilhão de exposições, em que a Brincafeira passou lá para dentro”.

Recordou que, “nos executivos anteriores, estas exposições dentro do pavilhão eram sempre com ideais políticos para mostrar aquilo que se tinha feito ou que havia para fazer no futuro”.
O autarca afirmou que “nós viemos trazer outro conceito às exposições”, lembrando que, “no primeiro ano, trouxemos a estratégia SMEA, uma estratégia alimentar que mostra o potencial agropecuário do nosso território; no segundo ano, trouxemos uma exposição de aguarelas, que mostravam diversos olhares de artistas do mundo inteiro sobre o nosso território; e, em 2024, trouxemos outra das nossas riquezas, que foi o montado”.

Acrescentou que, “este ano, trazemos uma exposição sobre o melhor do mundo, as crianças, em que todos são convidados a entrar e a brincar”, reforçando que “passámos a ter exposições a valorizar o que de melhor temos no nosso território”.
Na sua perspetiva, “é difícil esta feira crescer mais, só se formos para o lado de fora do parque de exposições”, apontando que “temos 193 expositores na parte da Feira da Luz, além dos mais de 160 criadores que mostram perto de mil animais na parte da EXPOMOR”.

Para Olímpio Galvão, “esta é uma feira já com uma dimensão regional e até nacional, com um grande investimento do município de cerca de um milhão de euros”.
Sublinhou também que “é uma feira franca e queremos que continue a ser um certame de entrada gratuita para toda a gente”.

Por sua vez, o presidente da Direção da APORMOR garantiu que, “desde há pelo menos dez anos, esta é a maior mostra de animais das espécies pecuárias do pastoreio extensivo que existe no nosso país”.
De acordo com Joaquim Capoulas, “antes disso, tínhamos de pedir às pessoas para trazerem os animais para a nossa feira, mas a partir de um certo momento houve um ‘click’ e agora temos é de conseguir satisfazer os pedidos dos criadores de animais”.

Reiterou que “Montemor-o-Novo tornou-se o centro da produção pecuária e da comercialização, através dos leilões que aqui fazemos, principalmente de bovinos e, este ano, vamos ultrapassar todos os recordes”.
Para o mesmo responsável, “cada vez mais, o centro de produção de riqueza de Montemor-o-Novo está no território rural, que devíamos estimar, mas parece que ninguém se preocupa”.

Assegurou que “nós na APORMOR preocupamo-nos”, constatando que “o nosso montado é um sistema centenário, onde as espécies pecuárias são o sustento económico, mas que também protege a fauna silvestre, contudo tem sido muito maltratado”.
Na sua opinião, “temos de olhar para as pessoas que vivem no interior e temos de evitar que chegue ao Alentejo e ao nosso concelho a desgraça dos incêndios que acontece em outras zonas do país, mas para isso é preciso que as pessoas tenham condições de sustentabilidade para estarem dentro do território a tratarem dele”.
Em conclusão, Joaquim Capoulas referiu que “o grande desafio que trazemos à Feira da Luz/EXPOMOR de 2025 é vamos olhar para o montado, vamos cuidar dele e não vamos deixar que se estrague mais do que já está”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS