David Mendonça, Francisco Cartaxo, Miguel Brites e Tomás Cartaxo. Estes são os “nossos” Vizinhos e formam a banda eborense que surgiu há pouco mais de oito meses.

Todos são alunos da Universidade de Évora (UÉ), tendo passado pelo Grupo Académico Seistetos, e três são naturais desta cidade, levando assim o nome do Alentejo até outras paragens.

Desde o início do ano, os Vizinhos já contam com mais de 40 concertos. Um dos últimos foi no Jardim de Público de Évora, no passado sábado. O público respondeu ao repto e encheu completamente o recinto, estando esse espetáculo integrado na iniciativa municipal “Verão em Évora”.

Apesar da banda já ter atuado outras vezes na cidade que a viu nascer, este foi o primeiro grande concerto dos Vizinhos em Évora. “Pôr do Sol” ou “Pobre Ex-Namorado” foram alguns dos temas apresentados, em que o grupo foi acompanhado pelas vozes do público, dos mais novos aos mais velhos.

No final, o Diário do Sul esteve à conversa com os jovens músicos, que se mostraram satisfeitos com a reação das pessoas, contando também como tem sido este percurso.

“A sensação de entrar no palco e ver aquele mar de gente à nossa frente, acreditarem em nós e sermos super bem recebidos foi um prazer ‘jogar em casa’ e orgulhar Évora”, confessaram, acrescentando que “queremos voltar e estar cá sempre que seja possível, pois temos muito orgulho na nossa cidade”.

Os Vizinhos sublinharam que “Évora respondeu da melhor maneira possível, não estávamos à espera”, destacando “a energia que as pessoas tinham, foi do primeiro ao último minuto e até cantaram as nossas músicas que ainda não saíram”.

Como é que tudo começou é uma das questões que mais vão respondendo, neste caso esclarecida por Tomás Cartaxo. “Eu e o Francisco somos irmãos, o Brites já o conhecíamos desde o secundário e entretanto entrámos para o Grupo Académico Seistetos, em que surgiu o David”.

Confidenciou que “foi logo uma conexão instantânea entre os quatro, sempre nas casas uns dos outros a cantar e a tocar, depois assumimos o Grupo Académico Seistetos, mais tarde passámos a Direção para o próximo grupo de pessoas e ficámos os quatro um bocadinho sem fazer nada, surgindo assim a decisão de arriscar e formar a banda no final do ano passado”.

David Mendonça admitiu ainda que “nós não temos noção do que está a acontecer, mas temos a certeza de uma coisa, as pessoas vão ser sempre a nossa base, vamos mantê-las sempre do nosso lado e, principalmente da nossa cidade, que sejam sempre a nossa casa”.

Reiterou que “queremos que as pessoas nos levem aos sítios”, constatando que “com o apoio das pessoas vamos conseguir fazer o que queremos”.

Os jovens salientaram também que “o nosso objetivo é unir as pessoas, unir gerações, o que foi visível neste concerto e, principalmente, unir a música tradicional”.

Em relação aos seus percursos académicos, que estão agora em pausa, realçaram que, “neste momento, a música assumiu uma importância maior nas nossas vidas, mas queremos acabar os nossos cursos”.

Recordaram ainda que “começámos a dar concertos num hotel aqui em Évora no início de 2025, até agora já demos uns 40 concertos e ainda temos programados até ao final do ano pelo menos mais 20”.

Quanto à edição do primeiro álbum, os Vizinhos adiantaram que “temos várias músicas na ‘gaveta’, mas não podemos lançá-las todas de seguida, queremos ter os timings certos para as músicas serem ouvidas”, revelando que “esperamos lançar um álbum antes do Coliseu, que vai ser no próximo ano”.

Os jovens deixaram também “um agradecimento a todas as pessoas que ouvem as nossas músicas e, principalmente, a Évora que nos tem dado uma força enorme em tudo, incluindo a estar nos tops das rádios”, concluindo que “são o nosso pilar e queremos orgulhá-las da melhor maneira possível, pois, literalmente, são os nossos ‘vizinhos’”.

Texto e Fotos: Redação DS / Marina Pardal

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