A Feira do Chocalho terminou este fim-de-semana nas Alcáçovas, assinalando uma edição particularmente especial, marcada pela ceçebração dos dez anos da classificação da arte chocalheira como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Para o presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Luís Miguel Duarte, este foi, sem dúvida, o ponto alto do certame que volta a exaltar uma tradição profundamente enraizada na identidade da região.
“O ponto alto, obviamente, que este ano são os 10 anos da arte chocalheira e apesar do reconhecmento da UNESCO”, sublinha o autarca, lembrando que, apesar da animação constante, bem como a habitual mostra de animais e as tasquinhas típicas, o destaque continua a ser o ofício do chocalho. “É o momento em que se fala da arte chocalheira, se dá visibilidade ao que temos de mais nosso, de mais tradicional. É um orgulho e também uma responsabilidade.

Luís Miguel Duarte sublinha que a feira é mais do que uma festa popular: é um gesto de valorização e, simultaneamente, um alerta. “Estas artes, como a chocalheira, podem desaparecer de um momento para o outro. Isto é um grito de alerta, é um chamar de atenção para uma arte muito bonita, que nos pode levar longe, mas que está em risco de morrer”, disse. O edil considera que a Feira do Chocalho representa uma forma de regressar às raízes, de olhar para as mais-valias dos territórios com olhos de ver, e de reforçar a ligação das comunidades à sua história e cultura.
Texto: Redação DS
Fotos: DS