Já são dez anos que marcam o percurso das Residências de Autonomização e Inclusão (RAI) da APPACDM de Évora. Uma masculina, outra feminina, cada uma com cinco residentes, ficando assim completa a lotação de dez pessoas no total.
De acordo com a informação da própria instituição, “as RAI têm como objetivo fundamental proporcionar alojamento, permanente ou temporário, a pessoas com deficiência ou incapacidade e capacidade de viver autonomamente”.
A mesma fonte acrescentou que, “com capacidade para cinco residentes cada, promovem a valorização pessoal e social, através do reforço da autonomia nas atividades da vida diária, mediante o apoio necessário”, apontando ainda que “visam a capacitação para a implementação de um projeto de vida que assegure uma plena inclusão social”.
Por ocasião do lançamento do livro de receitas “Partilhas no Prato, Cozinha Inclusiva”, em que esses dez residentes são os protagonistas, Rosa Moreira, presidente da Direção da APPACDM de Évora, explicou ao Diário do Sul o funcionamento das RAI.

“Existem em Évora há dez anos e fomos a primeira instituição no concelho a ter esta valência”, adiantou, constatando que “acho que ainda somos a única”.
Segundo a mesma responsável, “o que se privilegia é o trabalhar autonomias para que possam estar incluídos na comunidade”.
Especificou que “oito estão em trabalho e regressam ao final do dia à sua casa e aí é que, às vezes, precisam de algum apoio para fazer a alimentação, higiene, medicação ou outras situações”.
Sara Moreira referiu que “das 17 às 10 horas está lá uma colaboradora para apoiar no que seja necessário e no fim de semana também está sempre alguém”, sublinhando “a importância desse suporte de apoio”.

A par disso, evidenciou que “existe uma equipa técnica, com uma coordenadora, psicóloga e terapeuta ocupacional, que dá mais algum apoio”.
A presidente da Direção da APPACDM de Évora realçou que “o que pretendemos mesmo é que depois possam dar o ‘salto’ e viver na comunidade”, contando que, “recentemente, tivemos uma dessas residentes que deu esse ‘salto’”.
Recordou que “há cerca de dois anos também tivemos outro residente que deu esse ‘passo’, no sentido de atingir o objetivo máximo que é ter a sua casa”, garantindo que “nós também apoiamos na organização da casa”.
Rosa Moreira reforçou que “não são muitas as vezes em que isso acontece, pois em dez anos tivemos dois casos, mas temos esperança de que em breve haja outra saída”, salientando que “isso também dá hipótese a outras pessoas de irem para a RAI fazer este caminho”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS / APPACDM de Évora