A Fundação Alentejo homenageou Fernando Carvalho Ramos, a título póstumo, no passado dia 4 deste mês, numa cerimónia que contou com a presença da família e amigos.

Este reconhecimento aconteceu cerca de seis meses após o falecimento do “senhor Fernando”, como carinhosamente lhe chamavam nesta instituição, consistindo na atribuição do seu nome ao Edifício do Colégio Fundação Alentejo. A par disso, ficou exposto no átrio deste estabelecimento de ensino um retrato do homenageado, pintado por David Reis Pinto.

O evento ficou também marcado por vários momentos culturais, protagonizados pelo fadista Duarte e pela atriz Rosário Gonzaga, que declamou poesia.

Segundo a dedicatória que se encontra junto à obra, Fernando Ramos, que nasceu em 1946, “esteve mais de 30 anos ao serviço da educação fazendo parte do grupo que esteve na génese do que é hoje a EPRAL e a Fundação Alentejo”.

É ainda evidenciado que, “de entre todas as suas intervenções, não podemos deixar de referir a forma especial e dedicada, o espírito de missão e a competência que colocou no projeto de construção deste colégio, acompanhando desde a fase de arquitetura à sua construção”.

As palavras que lhe são dirigidas realçam também que “era um homem íntegro, calmo e sereno, que estava sempre presente”, acrescentando que “mesmo quando não se dava pela sua presença, sabíamos que a sua mão tinha tratado de tudo, sempre com exigência, com rigor, na defesa da instituição, da sua imagem e da qualidade do serviço que prestava”.

Em declarações ao Diário do Sul, Fernanda Ramos, presidente da Fundação Alentejo e também viúva do homenageado, destacou a importância de um momento como este.

“Foi uma homenagem que a Fundação Alentejo decidiu perpetuar ao senhor Fernando Ramos, que foi de facto um colaborador exemplar”, salientou.

Confidenciou ainda que “é uma pessoa que nos marcou sempre, que nos vai fazer muita falta e é merecida esta homenagem, embora, como devem calcular, não me seja fácil falar sobre ele”.

Fernanda Ramos adiantou que “a cerimónia foi concebida por uma equipa do Conselho de Administração, um grupo que se constituiu e que efetivamente desenvolveu este programa, que não podia deixar de ter momentos culturais, uma área de que o senhor Fernando Ramos também gostava muito de usufruir”.

Para a mesma responsável, “é uma marca que fica e que quisemos partilhar com os amigos”, reiterando que “esteve aqui só uma parte, haveria muitos mais amigos para convidar, mas não quisemos um evento de massas, quisemos uma cerimónia mais privada”.

Acrescentou que “tivemos aqui as pessoas que privaram com ele ao longo de mais de 30 anos de existência deste projeto, que começou com a EPRAL e que se consolidou ao longo de um conjunto de anos”, recordando que “a EPRAL tem 34 anos de existência e o Colégio da Fundação Alentejo fez agora 13 anos”.

Fernanda Ramos disse ainda que “quisemos perpetuar o seu nome ligado a este colégio, que foi de facto uma obra que nasceu com a colaboração dele desde o início até ao fim”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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