16 de novembro de 1923. Foi nesta data que o Núcleo de Évora da Liga dos Combatentes foi criado. São 100 anos de história que marcam o percurso desta entidade, que nos dias de hoje conta com mais de 3.350 sócios.

Na passada quinta-feira, decorreu a sessão solene comemorativa deste centenário, que teve lugar no Palácio D. Manuel, seguindo-se um almoço convívio.

A iniciativa teve ainda como objetivo assinalar o 105.º aniversário do Armistício, que marca o fim da Primeira Guerra Mundial, homenageando a memória dos portugueses que perderam a vida nesse conflito.

A cerimónia contou com as intervenções do presidente do Núcleo de Évora, sargento-chefe Joaquim Santos; do presidente da Liga dos Combatentes, tenente-general Chito Rodrigues; e do presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá.

O evento ficou também marcado pela imposição de condecorações e pela entrega de testemunhos de apreço a sócios, nomeadamente aos que completaram 50 anos de inscrição na Liga dos Combatentes, além da entrega de medalhas a diferentes entidades.

Durante o seu discurso, o sargento-chefe Joaquim Santos realçou que “o Núcleo de Évora foi fundado com 31 sócios”, adiantando que “hoje contamos com 3 351 sócios, dos quais 844 são sócios combatentes, 405 sócios efetivos, 601 sócios extraordinários e 1 501 sócios apoiantes”. Deu ainda conta de que, “este ano, já registámos 208 novos associados”.

Na sua opinião, “este número de sócios, em grande parte, também se deve às condições excecionais e aos elevados benefícios que lhes proporcionamos, através dos 57 protocolos e parcerias que temos com as mais variadas instituições e empresas”.

Já em declarações aos jornalistas, o presidente do Núcleo de Évora recordou que “quando a Liga dos Combatentes foi criada era apenas para apoiar as viúvas, os órfãos e os antigos combatentes que tinham vindo da Primeira Grande Guerra”.

Lembrou ainda que, “mais tarde, tivemos a Guerra do Ultramar, mas como felizmente temos sido um país pacífico, havia necessidade de assegurar a continuidade da Liga dos Combatentes”.

Segundo o mesmo responsável, “nesse sentido, procedeu-se a uma alteração estatutária para haver o princípio da abrangência e abrimos a Liga dos Combatentes a toda a sociedade”.

Constatou também que, “neste momento, os sócios apoiantes, que são aqueles que não têm nada a ver com instituição militar, representam perto de 50 por cento do número total de sócios do nosso núcleo”.

Para Joaquim Santos, “é uma honra e um orgulho pertencer a uma instituição centenária, mas ao mesmo tempo é também uma grande responsabilidade liderar, em conjunto com os meus colegas da Direção, um núcleo com esta história e este prestígio”.

Reforçou que “é um orgulho pertencer aos valores que pratica e à missão que todos os dias coloca em campo na defesa dos mais desfavorecidos, nomeadamente os sócios”, reiterando que “a larga maioria já conta com uma idade bastante avançada e que nesta fase da vida precisam cada vez mais de apoios efetivos e sustentados, pois muitos têm baixos recursos económicos”.

O presidente do Núcleo de Évora assumiu ainda que “esta fidelização e este amor que eles demonstraram aqui é para nós de uma extrema importância, pois somos uma família”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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