José Manuel Santos foi eleito presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, para um mandato de cinco anos, obtendo quase 90 por cento dos votos.

A eleição decorreu na passada quarta-feira, tendo apenas concorrido a lista liderada por José Manuel Santos, intitulada “Nova Ambição – Construir o Futuro 2023”.

Em declarações ao Diário do Sul (DS), o presidente eleito adiantou que, “em 116 votantes, obtivemos 101 votos, sem votos nulos, nem brancos, representando perto de 90 por cento, o que é muito bom”.

Admitiu também que “superou as expectativas em termos de votação porque era uma lista única e os associados já a tinham subscrito (112 subscrições), portanto as pessoas foram muito generosas em deslocarem-se aos locais de voto”, considerando que “quiseram manifestar com o voto na urna a sua confiança e o seu apoio, o que obviamente é muito significativo”.

Na sua perspetiva, “é uma vitória da região e do turismo do Alentejo e do Ribatejo e é uma vitória muito expressiva”, renovando “os agradecimentos aos associados pela grande confiança que depositaram em nós e no nosso projeto da ‘Nova Ambição’”.

De salientar ainda que, segundo a agência Lusa, “o colégio eleitoral é composto por 116 membros da Assembleia Geral, nomeadamente 58 municípios, 55 privados (entre associações e empresários) e representantes do Governo e de duas centrais sindicais”.

José Manuel Santos, atual secretário-geral da ERT do Alentejo e Ribatejo, vai tomar posse como presidente na próxima quarta-feira, numa sessão numa unidade hoteleira em Montemor-o-Novo.

Ao DS, garantiu também que, “nestes cinco anos de mandato, podemos esperar o mesmo rigor e a mesma seriedade”, adiantando que “queremos consolidar algumas áreas de intervenção da ERT que têm vindo a ser realizadas”.

A par disso, anunciou que, “essencialmente, pretendemos abraçar alguns desafios que são novos, um dos principais é o apoio que tem de ser dado à capacitação das empresas, em especial das micro, pequenas e médias empresas, para prepará-las melhor para os desafios que aí vêm, sobretudo relacionados com a digitalização e a sustentabilidade”.

O presidente eleito defendeu também que “precisamos de investir mais nas pessoas”, reforçando que “as pessoas têm de estar no centro da nossa estratégia de desenvolvimento turístico e há que apostar mais na formação e na qualificação”.

Reiterou ainda que “temos de tratar os vários territórios de uma forma diferenciada porque cada território, mesmo dentro do Alentejo, tem desafios distintos, pois os graus de maturidade e de desenvolvimento turístico das várias NUT III da região não são idênticos”.

José Manuel Santos acrescentou que “o Ribatejo tem uma especificidade muito própria, que temos de acautelar e temos de responder com um programa de marketing estratégico diferenciado”.

Relativamente a Évora, Capital Europeia da Cultura em 2027, garantiu que “será uma importante prioridade para a nossa equipa e o nosso grande compromisso é desenvolver um plano de acolhimento e de hospitalidade para enquadrar da melhor forma os milhões de visitantes que Évora e a região terão”, afiançando que “isso já foi transmitido ao presidente da Câmara de Évora”.

José Manuel Santos resumiu ainda que “podemos esperar aquilo que eu tenho dito, trabalho de proximidade, dinamismo, foco e compromisso com resultados”, considerando que “é muito importante trabalharmos para resultados, gosto de trabalhar e depois de prestar contas daquilo que faço”.

Constatou que “investimento tempo, dinheiro e recursos e é muito importante depois prestarmos contas aos nossos associados e à região daquilo que conseguimos fazer com este grande mandato de confiança que nos foi concedido”.

José Manuel Santos não está sozinho nesta missão. Segundo disse ao DS, “Pedro Beato vai ser o vice-presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo e a Mesa da Assembleia Geral vai ser presidida por Álvaro Beijinha, presidente da Câmara de Santiago do Cacém”, frisando que “o nosso projeto conta com uma equipa bem mais vasta, que é multifacetada e eclética”.

Especificou que “houve a preocupação de ter as várias sub-regiões representadas, mas também os diferentes subsetores do próprio turismo (animação, alojamento ou agências de viagens, por exemplo), empresários, dirigentes associativos, autarcas ou professores ligados à academia.

Na sua opinião, “estamos numa posição boa para, em conjunto com outras entidades, tentarmos que o turismo possa ser uma atividade que crie e que deixe mais valor na região e que contribua mais para o nosso desenvolvimento económico e social”.

O presidente eleito frisou que “o turismo gera muitos proveitos e muitas receitas, mas a região, as pessoas que cá vivem e aquelas que o turismo atrai para cá têm de beneficiar mais desse desenvolvimento”.

Autor: Redação DS / Marina Pardal
Foto: DS

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