A propósito dos 88 anos da Fundação INATEL, foram inaugurados, na passada terça-feira, o museu e a biblioteca desta instituição, que ficam localizados em Évora, no Palácio do Barrocal.

De acordo com a informação enviada ao Diário do Sul (DS), “o Museu INATEL é um espaço que permite aos visitantes conhecer a história da fundação ao longo das últimas nove décadas”.

É ainda referido que “a trajetória da organização cruza-se com a cronologia de Portugal, atravessando e sendo influenciada por diversos eventos históricos no país”.

No que diz respeito à Biblioteca INATEL, a mesma fonte adiantou que “possui cerca de 65 mil espécimes bibliográficos, especialmente nas áreas de etnologia, sociologia, etnografia e antropologia”.

Além da inauguração destes espaços, as comemorações do 88.º aniversário da Fundação INATEL também incluíram vários momentos musicais, ocorridos no Palácio do Barrocal, bem como um espetáculo de Paulo de Carvalho, no Teatro Garcia de Resende.

Em declarações ao DS, Francisco Madelino, presidente da Fundação INATEL, sublinhou que “aproveitámos a data dos 88 anos e colocámos em Évora a biblioteca e o museu nacional de toda a história desta instituição”.

Recordou que “a antiga FNAT (Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho), e agora a INATEL, esteve sempre no centro dos debates políticos, do mundo do trabalho, das questões sindicais e do lazer para os trabalhadores e pensionistas”.

Segundo o mesmo responsável, “em Évora, encontramos agora o acervo, as fotografias e os livros, passando a ser um sítio incontornável para quem quiser conhecer, sobretudo, a história do mundo do trabalho e da política no século XX”.

Reforçou que “todos estes debates passaram por esta instituição, primeiro com Salazar, com uma tentativa de controlar as organizações dos trabalhadores, e depois do 25 de Abril, mudado já o curso da INATEL”, focando que “esses documentos, o acervo, a própria simbólica e objetos dessa altura estão aqui expostos no Palácio do Barrocal”.

Quanto à escolha de Évora, Francisco Madelino justificou que “temos trabalhado no arquivo e na sua digitalização com a universidade”, constatando ainda que “este é um palácio excelente que permite instalar o acervo e que é propriedade da Fundação INATEL”.

A par disso, considerou que “Évora sintetiza bem as várias heranças culturais de Portugal, além de ser uma cidade com magia própria e das autoridades locais também terem facilitado”.

Na sua intervenção, Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara de Évora, agradeceu por “termos o privilégio de ter aqui este acervo da Fundação INATEL”.

Disse também que “vejo com futuro esta colaboração que temos tido com a INATEL, no sentido de podermos ir reforçando o papel da dimensão cultural da cidade, no caminho que estamos a fazer para Évora 2027”, aludindo ainda “ao Festival Imaterial, que terminou recentemente e que resulta de uma parceria entre o município e a Fundação INATEL”.

Por sua vez, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, que esteve presente na cerimónia, realçou que “esta foi uma data de festa pela celebração do 88.º aniversário da Fundação INATEL, mas também porque entregamos ao país e a Évora um equipamento cultural da máxima importância e que seguramente não só conta a história de uma instituição tão importante como é a INATEL, mas também faz jus no sentido de projetar o futuro desta fundação”.

Na sua opinião, “a memória tem a missão de nos lembrar de todos os caminhos percorridos, mas sempre com o objetivo de irmos buscar fundamentos para projetarmos mais”.

O Museu e Biblioteca INATEL encontram-se abertos ao público de terça a sexta-feira, das 10 às 13h00 e das 15 às 18h00, estando as visitas ao fim de semana sujeitas a marcação.

Autor: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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