O setor de fabricação de equipamento elétrico tem sido extremamente volátil nos últimos anos, em especial no volume de negócios, em que a rúbrica apresenta um decréscimo desde 2018.
De acordo com os dados fornecidos pelo Insight View, o volume de negócios do último exercício financeiro mostra uma diminuição de aproximadamente 1%. No entanto, apenas 12% das empresas apresentam um risco de incumprimento da atividade elevado ou máximo, em que deste universo 40% foram constituídas nos últimos cinco anos. Se olharmos exclusivamente para as empresas que foram constituídas durante este período, 24% apresentam um risco elevado ou máximo.
Os dados fornecidos pelo Insight View revelam que estas empresas estão concentradas, com maior expressão, nos grandes centros urbanos: Porto (28%), Lisboa (24%), Aveiro (13%), Braga (8%) e Leiria (5%). Nos cinco distritos líderes do setor, a distribuição do risco apresenta muitas semelhanças, sendo que, em média, todas as empresas destes distritos apresentam um score de risco médio.
Relativamente à antiguidade, o setor destaca-se por ter empresas com uma vasta experiência: 20% das empresas foram constituídas entre 16 e 25 anos atrás, enquanto 31% das empresas foram constituídas há mais de 25 anos. Apesar destes dados, existe lugar para a entrada de novas empresas neste setor, tendo sido constituídas 10% das empresas no último ano.
Os fabricantes de equipamento elétrico são quase na sua totalidade micro (61%) e pequenas empresas (29%), contabilizando um total de 90% das empresas do setor. As restantes empresas do setor são empresas de média dimensão (6%) e grandes empresas (4%). Apesar do número reduzido de empresas de grande dimensão, estas representam 73% do total de volume de negócios do setor.
No que respeita à evolução da tesouraria, os prazos médios de pagamentos a fornecedores foram reduzidos de 81 para 71 dias, em 2021. Simultaneamente, o prazo médio de recebimentos de clientes também baixou de 80 para 73 dias. De facto, isto demonstra que os comportamentos destes prazos estão em sintonia, e que há uma diminuição da exposição de risco tanto dos fornecedores como das empresas perante os seus clientes.
Fonte: Nota de Imprensa / Iberinform