O jornalista eborense Carlos Neves, atualmente com 52 anos, será um dos cerca de 45 mil atletas que no próximo domingo irá disputar a 48ª edição da Maratona de Berlim, uma das seis maiores (majores) maratonas do Mundo – as restantes disputam-se em Londres, Tóquio, Nova Iorque, Boston e Chicago.

Depois da Maratona de Sevilha (2020 – 04h11), Aveiro – Maratona da Europa (2022 – 04h01), o fotojornalista irá tentar fazer a sua melhor prestação na mítica distância do atletismo, pese embora, por prudência, prefira não adiantar um eventual resultado. “Se há algo que já aprendi é que uma prova com esta distância é sempre uma carta fechada. Podemos fazer o trabalho de casa na perfeição mas depois há fatores que não controlamos”.

“Comparativamente com a preparação efetuada, primeiro para Sevilha, e já este ano para a Maratona da Europa, em Aveiro, os últimos quatro meses foram de uma total dedicação fruto também da presença de uma equipa de multidisciplinar de amigos que ajudaram”.

Contudo, Carlos Neves, que é corredor amador e que ‘veste’ a camisola dos Évora Night Runners, grupo informal de corrida, relembra a dificuldade que foi preparar a Maratona de Berlim em pleno verão. “Desde junho, e após um mês de descanso, que venho treinando com o objetivo de honrar os meus amigos e as empresas que se juntaram neste projeto, mas pelo meio tive de ultrapassar três vagas de calor o que me obrigou a iniciar, por exemplo, os treinos longos antes das seis da manhã, e agora, mais recentemente, a chuva da tempestade Danielle”.

“A solidão nos treinos foi outro dos aspetos menos bons deste trajeto”, revela, para mais à frente explicar: “não é fácil encontrar amigos que participem na mesma prova, com os mesmos objetivos e, desta forma ‘partilhar’ o alcatrão. Mesmo assim, nalguns domingos, ainda consegui arranjar companhia por alguns quilómetros”.

Questionado sobre se a Maratona de Berlim será mais difícil que as anteriores, o nosso interlocutor desarmou-nos, primeiro, com um sorriso, e depois com uma frase certeira: “o que custa é a preparação. Correr a maratona é fácil. Agora cumprir um plano de treino, durante quatro meses, implica ser determinado, consistente, rigoroso e implacável com a preguiça. A tentação por vezes é forte, mas nunca podemos desistir”.

Seja como for, tudo ficou “mais fácil com a ajuda de uma série de amigos e respetivas empresas que, publicamente, agradeço: Ana Lourido, David Palmeiro (Physical Workout), Luís Patrão (Fábrica dos Gelados), Rita Barroso (Equilibrium Centro Terapêutico), Maria e João Pedro Medalhas (Serviços Veterinários), Sandra Neves (Oriflame), Nutrimania/Science in Sport (SIS), Luís Likini, Helder Alvalade, António Caritas, Ricardo Ribeiro e Hugo Seixas. Por último, mas que estará sempre em primeiro lugar, a família. A família é o complemento de todo e qualquer plano de treinos. São eles que estão sempre na linha frente do apoio incondicional”.

Duelo Kipchoge Adola

Em termos competitivos, a Maratona de Berlim promete ser palco do extraordinário duelo entre Eliud Kipchoge e Guye Adola, o etíope que venceu a edição do ano passado, com o tempo de 2h05min45seg, e o detentor do recorde do Mundo da distância. O queniano Eliud Kipchoge, de 37 anos, bicampeão olímpico da maratona (Rio-2016 e Tóquio-2020), irá tentar igualar o recorde de quatro vitórias do já retirado etíope Haile Gebrselassie na prova, que venceu em 2015, 2017 e 2018, nesta última ocasião estabelecendo o recorde mundial em 2h01m39s, que ainda hoje se mantém como o melhor registo da humanidade na mais mítica das distâncias e provas.

Autor: Redação DS

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