OPINIÃO por João Palmeiro • Promotor e Divulgador Cultural

Arquitetura e património, dança, música e performance de vanguarda estão presentes num festival único que reúne, todos os anos, criações coreográficas inspiradas no Caminho de Santiago. Obras de coreógrafos e companhias muito diversas que abraçam uma amplitude artística que é também um espaço de aprendizagem e encontro cultural.

Um festival único em lugares únicos

‘Danza on Camino de Santiago’, que começou como um concurso paralelo na candidatura de Burgos Capital Europeia da Cultura 2031 e também integrado no Concurso Internacional de Coreografia de Nova Iorque, tem crescido ano após ano em dimensão e alcance para se tornar um festival independente, o festival que traça o percurso de dança mais longo da Europa, com três semanas de apresentações em quase vinte cidades e vilas de Huesca, La Rioja, Burgos, Palencia, León, Lugo, A Coruña e Vizcaya.

Ao longo dos anos, ‘Dance on Camino de Santiago’ visitou cerca de 40 municípios diferentes, onde foram interpretadas obras de companhias como a Frantics Dance Company, Lamajara Danza, Coletivo Globo e a companhia italiana Bellanda Company, mas também coreógrafos como o italiano Giovanni Insaudo, os criadores cubanos Miguel Álvarez e Javier Peláez-Tulio, Carlos Aller e Cecilia Bartolino, os franceses Arthur Bernard, Marc Fernández, a dupla formada por Fran Martínez e Paula Quintas, a ucraniana Kateryna Humenyuk, o russo Ildar Tagirov e o performer e coreógrafo costarriquenho Erick Jiménez, entre outros.

As três obras selecionadas este ano serão integradas no Festival Danza en el Camino de 1 a 21 de julho próximos, oferecendo 19 performances que reúnem o talento de três coreógrafos. Esta integração permite aos artistas experimentar o vasto património do Caminho de Santiago e receber apoio financeiro adequado. Esta abordagem sublinha o desejo de estabelecer relações duradouras com os artistas, apoiando o seu crescimento contínuo e a expansão do seu impacto artístico.

O festival distribuirá um total de 28.000 euros em honorários e contratos e tera o seu calendário de espetáculos entre 1 e 21 de julho. No total, serão 19 dias de exposição distribuídos nos municípios de Huesca, La Rioja, Burgos, Palencia, León, Lugo, A Coruña e Vizcaya.

Um festival que convida o publico a testemunhar como a dança se reinventa num programa onde a criação coreográfica e os valores da Rota Jacobeia se unem para criar um festival único na sua conceção artística. Uma oportunidade de ver a evolução da dança num dos percursos mais emblemáticos do mundo.

Edição e adaptação de João Palmeiro com ECOCNews

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