“Fazer com as mãos e com o coração”. Foi assim que o Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira (AEGP) dinamizou uma exposição e venda de diferentes objetos para angariação de fundos a favor da Médicos sem Fronteiras.

A iniciativa foi organizada pelo Subdepartamento de Artes, grupo de trabalho Escolas Amigas dos Direitos Humanos e Clube de Voluntariado, estando integrada no Plano Nacional das Artes.

O atrium de entrada da escola sede foi o “palco” desta atividade solidária, que decorreu nos dias 28 e 29 de maio, tendo sido dirigida a toda a comunidade.

Desenhos, pinturas, porta-chaves, bijuteria, peças em cerâmica, marcadores de livros, crachás, plantas ou bolos são exemplos dos artigos vendidos durante o evento, que permitiu angariar cerca de seis mil euros para a Médicos sem Fronteiras, segundo a organização.

O Diário do Sul (DS) esteve presente e ficou a conhecer este trabalho que envolveu alunos, professores, funcionários e pais do AEGP, mas também pessoas da comunidade.

Durante a reportagem não houve um “rosto” para a entrevista, precisamente porque a preparação da iniciativa significou a partilha de esforços entre muita gente.

De acordo com a organização, “já foram feitas ações deste género noutros anos e noutros locais, também com uma vertente solidária, mas esta teve um caráter diferente porque foi feita na escola e não envolveu apenas os alunos de Artes, havendo até momentos musicais a animar o evento”.

Acrescentou que “quisemos incluir desde os meninos do jardim-de-infância até ao 12.º ano do agrupamento, também os professores, assistentes operacionais, serviços administrativos, pais, encarregados de educação, outros familiares e até pessoas de fora da escola, que doaram coisas feitas com as mãos e com o coração para esta causa”.

A mesma fonte explicou que “a ligação é que os médicos vão com as mãos e com o coração para tratar, nós todos, em conjunto, também fizemos com as mãos e com o coração para isto ser possível”.

Quanto a números, os promotores adiantaram que “tivemos a participação de cerca de 500 alunos, além do envolvimento de todas as outras pessoas”, destacando ainda que “tivemos também antigos alunos a dar o seu contributo porque as ‘sementes’ ficam”.

Para a organização, “a escola tem de falar sobre o que se passa à nossa volta, trazer essas questões para dentro da sala e refletir sobre elas e sobre como é que podemos ajudar”.

Duas palavras foram evidenciadas durante esta reportagem, nomeadamente “generosidade, pois houve miúdos que ofereceram a sua primeira aguarela, por exemplo, e esperança, na escola e nas novas gerações neste mundo tão cinzento”.

O evento “Fazer com as mãos e com o coração” contou com uma sessão de sensibilização dinamizada por uma representante da Médicos Sem Fronteiras, Gabriela Duarte.

Em declarações ao DS, referiu que “esta é uma organização internacional de ajuda médica e humanitária”, reiterando que “somos independentes, neutros e imparciais”.

Sublinhou que “apenas conseguimos trabalhar no terreno através de iniciativas como esta que nos apoiam financeiramente para podermos desenvolver os nossos projetos”, garantindo que “estas ações são extremamente importantes para nós”.

A mesma representante focou que “o envolvimento das crianças e dos jovens representa também a esperança nas novas gerações”, admitindo que “encontrámos aqui trabalhos muito bonitos e não imaginava que a mobilização fosse tanta, além de nos ter comovido o nível de empatia e de solidariedade de toda a comunidade escolar”.

Texto e Fotos: Redação DS / Marina Pardal

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