Estes concertos de Fred Martins e Marcos Suzano, no dia 5 de junho, em Lisboa, e no dia 6 de junho, em Beja, marcam o lançamento em Portugal do álbum “Barbarizando Geral” (Gravadora Biscoito Fino), gravado simultaneamente em Lisboa e no Rio de Janeiro, e editado em final de 2024.

As canções de Barbarizado Geral alinham-se com musicalidade dos batuques afro-brasileiros, e boa parte do repertório aborda temas sensíveis da atualidade, como a crise ambiental e civilizacional. Destaque para o samba que dá nome ao álbum, Barbarizando Geral, além de Senzala, Dois Chicos (homenagem a Chico Buarque e ao Papa Francisco) e O Rancho da Seita Suicida (sobre o perigo do negacionismo cientifico como prática politica. 

Há também espaço para a celebração da vida em canções de amor e epifanía, como Este Amor Tem Nome, Abalou, Trama. Fred e Suzano trazem ainda os já consagrados temas de Fred Martins, Flores, Novamente, Colibri e Tempo Afora, a inédita Adeus (Fred/Diniz) e temas clássicos de autores portugueses, como Zeca Afonso, em Vejam Bem e Traz outro Amigo Também. 

Todos os temas do álbum Barbarizando Geral foram compostos por Fred Martins a solo ou com parceiros como Roberto Bozzetti, Marcelo Diniz, Manoel Gomes e André Sampaio. Fred assina também os desenhos que figuram na capa do álbum e que foram animados para compor a cenografia do show. 

O talento e a larga experiência de Fred Martins e Marcos Suzano garantem neste espetáculo um repertório de fino artesanato embalado num criativo diálogo entre a percussão, voz e violão..

Com estas apresentações de Barbarizando Geral, Fred Martins e Marcos Suzano pretendem garantir ao público português um espetáculo instigante, repleto de alegria crítica e alta qualidade artística.

SOBRE “BARBARIZANDO GERAL”

Editado pela Biscoito Fino, Barbarizando Geral é o fio condutor que une Fred Martins (cantor e compositor brasileiro a viver há 14 anos entre Portugal e Espanha) e o percussionista Marcos Suzano – um dos mais respeitados músicos brasileiros com trabalhos aclamados tanto nacional quanto internacionalmente. O disco é o resultado da soma de dois músicos consagrados, que vivem em dois continentes diferentes, que se encontram no universo afro-brasileiro do samba (entre outros géneros da música negra carioca). 

Neste trabalho os arranjos minimalistas clarificam o essencial de cada canção, onde letra, melodia e ritmo ganham maior interesse com uma apurada pesquisa de sonoridades eletroacústicas. 

Para Fred Martins, ”este álbum tem muito de crónica social em forma de samba. Aborda problemas como a desigualdade social, o autoritarismo financeirizado e a destruição absoluta do meio ambiente.  Barbarizando, nasce da inquietude em relação à eclosão e aumento do discurso ultraconservador, fascista mesmo, que naturaliza e semeia o ódio e a violência. O disco comenta uma série de situações que acontecem dentro desse quadro desolador, mas também reafirma a única saída possível, que é o que a vida nos pede: uma relação amorosa consigo mesmo e com o mundo¨.

E acrescenta: ¨Poder fazer isso ao lado do Suzano foi desafiador, pois ele preparou coisas que eu não imaginaria, e levou o meu violão e o meu canto para lugares inesperados. Isto foi muito bom.”

Marcos Suzano confirma o desafio: ‘’Eu dei muita sorte. O Fred toca um violão “da pesada”. Quando vem a batida eu sinto um ímpeto e eu tenho que analisar com a letra qual será a direção. E isto é muito é legal”

Boa parte do repertório aborda (às vezes com ironia e sarcasmo e outras como denúncia ou caricatura) temas sensíveis da atualidade, como a crise ambiental e civilizacional.

Neste ponto, merece destaque o samba que dá nome ao álbum, “Barbarizando Geral”, além de “Senzala”, “Madame Maldade”, “Dois Chicos” (homenagem a Chico Mendes e ao Papa Francisco) e “O Rancho da Seita Suicida” (sobre o perigo do negacionismo científico como prática política). A destacar ainda “Além do Qualquer” Além do Qualquer Fred Martins e Marcos Suzano, um canção de Fred Martins em parceria com o poeta Manoel Gomes. Participam do tema o músico argentino Martin Sued, no bandoneón, o que empresta à música certa gravidade, dialogando perfeitamente com a voz e o violão de Fred e a percussão concisa de Marcos Suzano. Segundo Fred Martins “ Além do Qualquer é uma espécie de libelo, em forma de samba/tango, que clama por um mundo em que a vida, a arte, a beleza, a justiça, possam acontecer em plenitude, e que não sejam soterradas pelo império da mediocridade, burrice, mentira e bizarria orgulhosas de si, tão presentes em tempos de desrazão”.

Há também o samba-de-breque “Ahmed”, uma sátira muito bem-humorada que aborda a história divulgada – fake news – que afirma que Chico Buarque não é autor dos seus temas e que compra as suas músicas a um compositor chamado Ahmed. Uma letra cheia de humor, de Roberto Bozzetti, musicada por Fred Martins. O videoclipe da música poderá ser visto brevemente nas redes sociais e a faixa tem a participação do icónico grupo MPB-4.

E há espaço ainda para a celebração da vida em canções de amor e epifania, como “Este Amor Tem Nome”, “Abalou” e “Trama”.

O talento e a larga experiência de Fred Martins e Marcos Suzano garantem um repertório de fino artesanato embalado num criativo diálogo entre a percussão, voz e violão, com pinceladas de outras sonoridades instrumentais, como o bandoneón de Martín Sued, os teclados de Sacha Ambak, o trompete de Aquiles Moraes e o trombone de Everson Moraes, além das vozes de Nani Medeiros e o já citado MPB4.

Os temas do disco foram, em parte, compostos apenas por Fred Martins, mas também há parcerias com Roberto Bozzetti, Manoel Gomes, André Sampaio e Marcelo Diniz. Os arranjos musicais também são todos de Fred, exceto um tema que conta com a luxuosa colaboração de Elodie Bouny no arranjo de sopros.

A produção musical do “Barbarizando Geral” é de Fred Martins e Marcos Suzano e a produção executiva de Nei Barbosa. 

A capa do álbum foi criada pelo designer carioca Marcio Oliveira, a partir de desenhos do próprio Fred Martins, com caricaturas a preto e branco, onde a temática social é reforçada.

Fonte: Nota de Imprensa
Fotos: Alfredo Matos

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