Composto por 14 concelhos, Évora abriga aproximadamente 2% do universo de empresas portuguesas que submeteram as suas contas. As empresas encontram-se dispersas por todos os concelhos, ainda assim, a capital de distrito continua a concentrar mais de um terço do distrito alentejano (36%), seguida por Montemor-o-Novo (11%), Estremoz (9%), Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas (ambas com 7%) e Vila Viçosa (5%). Os restantes oito concelhos partilham entre si os 25% remanescentes das empresas de Évora.

No primeiro trimestre de 2025, verificou-se, em Évora, uma variação de mais 66% dos processos de insolvência face ao mesmo período de 2024, números muito representativos para a realidade empresarial do distrito. Vemos, ainda assim, um aumento nas constituições de empresas, com uma variação de 20%, o que não supera o impacto sentido pelas insolvências.

As empresas de Évora são, na sua grande maioria, microempresas, com uma percentagem muito ilustrativa de 89%, com as pequenas empresas a representaram, também, uma fatia de 10% do universo e as médias empresas com 1%, sendo as grandes empresas inferiores a 1%. Traduzindo para valores de faturação por dimensão, verificamos que as pequenas e médias empresas são as que possuem maiores vendas, respetivamente, 42% e 26% e, por outro lado, as empresas que traduzem o menor volume de faturação, são as microempresas (21%) e grandes (11%).

Na dispersão por setor de atividade, notamos que a maior parte das empresas (41%) se insere no setor dos serviços, sendo que o segundo setor com maior representatividade é a agricultura, com 17% das empresas do distrito alentejano. Ainda assim, estas empresas, em conjunto, representam 22% do total do volume de faturação em Évora (11% cada). Dentro dos setores mais tradicionais e com mais representatividade de empresas, a indústria, com 7% do universo empresarial, representa muito perto de um terço do volume de negócios do distrito, uma percentagem apenas superada pelos setores definidos como “Outros”, com uma percentagem de 37%, o que mostra que os setores menos tradicionais são bastante relevantes para a economia do distrito.

No que é referente à antiguidade das empresas em Évora, verificamos que 29% das empresas iniciaram a sua atividade há 5 anos ou menos, 33% foram criadas entre 6 e 15 anos e com 16 anos ou mais existem 38%, o que revela a importância e a manutenção dos negócios que já existem no distrito. Fazendo o paralelismo com a faturação por antiguidade, nesta divisão, é possível verificar que as empresas com menos de cinco anos possuem a menor fatia, com apenas 9% do total, sendo que as empresas mais antigas possuem os maiores números de faturação, com 59%. As empresas médias, possuem os restantes 32% da faturação do distrito alentejano, muito próximo de um terço.

Quanto ao score de risco de crédito, calculado pelo Insight View, observamos que 46% das empresas de Évora possuem um nível de risco moderado, 35% possuem risco baixo e ainda existem 19% com um risco elevado. Destacamos, ainda, o facto de não existirem empresas com risco de crédito mínimo, mas existe uma percentagem, ainda que bastante residual, de empresas com score de risco de crédito máximo (42 no universo de 10.472 empresas).

Fonte: Nota de Imprensa / Iberinform

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