Coordenado pela Universidade de Évora (UÉ) e pela Fundação Alentejo, está em curso o projeto PlaQuaR – Plataforma para a Promoção da Qualificação dos Recursos Humanos Regionais.
Em nota de imprensa, é referido que “foi aprovado no âmbito da iniciativa promovida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo integrada na Estratégia Regional de Especialização Inteligente”.
É ainda mencionado que “a plataforma tem como finalidade desenvolver uma nova abordagem ao desenvolvimento de parcerias territoriais de agregação das necessidades de capacitação e do talento no território com a oferta formativa instalada (e a instalar) no mesmo”.
O NERE – Núcleo Empresarial da Região de Évora acolheu, no dia 16 de abril, uma das sessões de apresentação da PlaQuaR. O evento contou com a participação de Paulo Resende da Silva, docente da UÉ e coordenador do projeto; Fernanda Ramos, presidente da Fundação Alentejo; e Delfina Marques, vice-presidente do NERE.

Em declarações ao Diário do Sul, Paulo Resende da Silva explicou que “a plataforma tem como propósito colocar em contacto os empregadores, sejam empresas, organismos públicos ou organizações não-governamentais, com toda a oferta de qualificação na região”.
Especificou que, “quando estamos a falar de oferta de qualificação, referimo-nos às instituições de ensino superior, escolas profissionais ou empresas privadas que oferecem formação”, ressalvando que, “no nosso caso, estamos a pensar na formação certificada”.
O coordenador do projeto PlaQuaR adiantou que “estamos a realizar estas sessões para começarmos a desenhar o que vai ser a plataforma”, destacando que “a plataforma é o encontro entre a oferta e a procura de qualificação na região Alentejo”.
Revelou ainda que “pretende contribuir para fixar talento”, constatando que “se as pessoas souberem o que é que as empresas precisam também elas próprias podem procurar qualificar-se e ficar cá, ou vir para o Alentejo, se isso fizer parte do seu projeto de vida”.

De acordo com o coordenador, “a plataforma vai ser composta por duas partes”, realçando que “uma é uma página normal de internet onde está a informação e onde se vão produzir estudos e relatórios”.
Frisou também que “há uma segunda parte baseada na Inteligência Artificial (IA), que vai ter o mesmo princípio das ferramentas da IA que as pessoas usam, como o Chat GP, por exemplo”.
Paulo Resende da Silva evidenciou que, “em termos gerais, este é o foco da plataforma, mas tem de ser mais do que isso” e disse que “nestas sessões vamos à procura do que é que as pessoas, as empresas e as organizações que estão no território pensam e querem, ajudando a desenhar que tipo de plataforma é que vamos construir”.
Segundo o mesmo responsável, “formalmente, o projeto começou a 26 de junho de 2024 e vai terminar a 25 de junho de 2026”, anunciando que “é expectável que tenhamos a plataforma nessa altura, que pode não ser ainda a definitiva porque as ferramentas de IA implicam muitos dados e pode ter de haver um aperfeiçoamento”.

Reiterou que “o PlaQuaR é liderado pela UÉ e pela Fundação Alentejo, envolvendo depois mais sete ou oito parceiros de uma forma direta, incluindo politécnicos da região, centros de investigação ou empresas”.
O coordenador assegurou que “a nossa ideia é alargar a mais parceiros, para nos ajudar em diferentes fases de evolução do projeto a validar a arquitetura e com dados”.
Acrescentou ainda que “está na própria estrutura que temos de construir um plano de qualificação para a região Alentejo”, apontando que “isso é um trabalho mais geral e não sei se estará completo até junho do próximo ano”.
Paulo Resende da Silva focou também que “isto vai interligar-se a outra iniciativa, que é promovida pela Comissão Europeia, que é o Observatório do Talento da Europa, no qual o Alentejo é uma das regiões piloto”.
Deu ainda conta que “há três plataformas que estão a ser trabalhadas, cada uma no seu domínio, esta é nos recursos humanos; outra é nas cadeias de valor e de logística, liderada pela Sines Tecnopolo; e outra na questão dos recursos endógenos, liderada pela ADRAL”.
Texto e Fotos: Redação DS / Marina Pardal