As instalações da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora da Polícia Judiciária (PJ) foram alvo de obras de ampliação e recuperação.

No dia 9 de abril, decorreu a inauguração do novo espaço, numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e do diretor nacional da PJ, Luís Neves.

Segundo a nota de imprensa enviada ao Diário do Sul, “as instalações foram ampliadas para o dobro, permitindo, assim, a instalação de um Gabinete de Polícia Científica para recolha de vestígios e ADN com novos equipamentos”, revelando ainda a criação de “uma sala de inquirição de crianças e vítimas vulneráveis”.

Em declarações aos jornalistas, o diretor nacional da PJ admitiu que “estamos muito satisfeitos por termos este espaço condigno para quem aqui trabalha e por podermos ter aqui mais gente”, reiterando que “o país não é Lisboa e não é o litoral”.

Luís Neves acrescentou que “as pessoas desta região, sobretudo as vítimas, merecem ter uma polícia próxima e uma resposta eficaz, pronta e de confiança porque o cidadão é todo igual”.

Reforçou que, “felizmente, hoje temos capacidade de colocar aqui mais gente e mais gente é estar próximo das pessoas e das vítimas, que merecem uma resposta célere, leal e científica da nossa parte”, realçando também “um apoio muito pronto à magistratura do Ministério Público”.

O diretor nacional da PJ disse ainda que “cumprimos hoje uma missão”, deixando “o compromisso de que a ULIC de Évora pode, a médio prazo, passar a ser um Departamento de Investigação Criminal”.

Por sua vez, a ministra da Justiça destacou “o ter sido possível não só dar melhores condições a quem aqui trabalha, mas também criar uma sala de atendimento para as vítimas, para recentrar a importância das vítimas na investigação criminal”.

De acordo com Rita Alarcão Júdice, “sabemos que, principalmente quando tratamos de vítimas vulneráveis, como as crianças, termos a possibilidade de fazermos uma inquirição com melhores condições é meio caminho andado para uma melhor investigação criminal”, confessando que “fiquei muito satisfeita por ter sido possível criar esta sala aqui com excelentes condições”.

A par disso, na sua opinião, “o laboratório, embora com pequenas dimensões, vai permitir uma maior celeridade e uma maior segurança na prova que aqui seja obtida”, constatando que “são bons avanços para esta região”.

No seu discurso, a ministra da Justiça mencionou que “hoje trabalham em Évora cerca de 30 profissionais da PJ, 25 dos quais direta e especificamente afetos à investigação criminal”, justificando assim “o investimento na ampliação e requalificação destas instalações”.

A esse nível, lembrou que “servem uma população de cerca de 260 mil pessoas, num território correspondente a 15 por cento do continente, coincidindo, no essencial, com os distritos de Portalegre e de Évora”.

Texto e Fotos: Redação DS / Marina Pardal

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