O mês de março de 2025 registou 349 empresas insolventes, um aumento de 78 casos (28,8%) face ao período homólogo de 2024. No acumulado do ano, houve um incremento de 21,3%, correspondendo a mais 193 insolvências.

No primeiro trimestre do ano, as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas cresceram 47%, com um acréscimo de 97 pedidos. As declarações requeridas por terceiros aumentaram 41%, totalizando 197 ações, um acréscimo de 57 pedidos. Os encerramentos com plano de insolvência também registaram um aumento de 17%, atingindo 14 casos. No primeiro trimestre de 2025, foram declaradas insolventes 583 empresas, mais 37 do que em 2024.

Os distritos do Porto e de Lisboa lideram em número de insolvências, com 276 e 259 casos, respetivamente. Em relação ao ano anterior, o Porto registou um acréscimo de mais de 17%, enquanto Lisboa teve um aumento de 27%.

Os distritos que registaram os maiores aumentos percentuais nas insolvências foram Portalegre, com um crescimento de 350%, Castelo Branco, com aumento de 150%, Beja, com 133%, Évora e Vila Real, ambos com 67%, Leiria, com 61%, Viana do Castelo, com 50%, Bragança e Coimbra, ambos com 43%, Angra do Heroísmo, com 33%, e Faro, com 21%.

Por outro lado, apenas quatro distritos apresentaram redução nas insolvências: Viseu (menos 45%); Madeira (menos 27%); Ponta Delgada (menos 14%) e Santarém (menos 3%).

Os setores que registaram os maiores crescimentos no número de insolvências no primeiro trimestre do ano foram: Agricultura, Caça e Pesca (aumento de 200%); Transportes (aumento de 68%); Comércio a Retalho (incremento de 36%); Outros Serviços (mais 35%); Hotelaria e Restauração (com 27,5%); Indústria Transformadora (8%) e Comércio por Grosso (7%). Já os setores que apresentaram decréscimos foram: Eletricidade, Gás e Água, com uma redução de 100%, e Construção e Obras Públicas, com menos 3,5%.

Constituições em queda no primeiro trimestre de 2025

As constituições de novas empresas diminuíram cerca de 13% em março de 2025 face ao mesmo período do ano anterior, passando de 4.674 para 4.058. No acumulado do ano, a redução foi de cerca de 3%, com 14.693 constituições contra 15.086 em 2024.

Lisboa registou o maior número de constituições, com 4.359 novas empresas, uma redução de 5% face a 2024, seguida pelo Porto, com 2.478, uma queda de 6%. Outros distritos que registaram variações negativas foram: Horta (redução de 21%); Faro (menos 10%); Aveiro (menos 9%); Setúbal (redução de 6%); Madeira (menos 2,5%); Bragança (menos 2%) e Coimbra (redução de 0,5%).
 
Os distritos que registaram acréscimos na constituição de novas empresas foram: Viseu (aumento de 22%); Évora (acréscimo de 20%); Viana do Castelo (mais 15%); Santarém e Beja (ambos com aumento de 6%); Ponta Delgada (mais 4%); Angra do Heroísmo e Leiria (ambos com 2%) e Guarda (1%).


 
Os setores que registaram crescimento na constituição de novas empresas foram: Agricultura, Caça e Pesca (aumento de 36%); Construção e Obras Públicas (8%) e Indústria Transformadora (3%). Já os setores que apresentaram as maiores quedas foram: Telecomunicações e Eletricidade, Gás e Água (ambos com uma redução de 35%); Transportes (redução de 26%) e Indústria Extrativa (menos 12,5%).
 
O cenário económico do primeiro trimestre de 2025 reflete um aumento significativo nas insolvências e uma retração na criação de novas empresas, indicando desafios para o ambiente empresarial em Portugal.

Fonte: Nota de Imprensa / Iberinform

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