A apresentação do Plano de Desenvolvimento Estratégico “Alandroal 2030”, que tem um horizonte temporal de dez anos, decorreu no dia 14 de março.

A sessão teve lugar no Espaço da Feira do Festival do Peixe do Rio, no Castelo de Alandroal, tendo o presidente do município, João Grilo, destacado aos jornalistas os principais pontos deste programa que assenta num “progresso com identidade”.

“Este é um plano estratégico que tem o objetivo de nos ajudar a perspetivar o futuro desenvolvimento do concelho”, disse o autarca, acrescentando que “chama-se ‘Alandroal 2030’, mas vai para além desse horizonte e podemos dizer que estamos a falar de objetivos para pelo menos uma década”.

Destacou ainda que “tem esta preocupação de ter sido construído com todos os investidores que estão neste momento presentes no Alandroal e com os nossos principais agentes económicos”, sublinhando que “foi um processo participado, o que ajuda o executivo a ter realmente uma ideia do que as pessoas que estão connosco a viver e a investir esperam ver acontecer”.

Segundo o presidente da Câmara de Alandroal, “tem esta perspetiva de nos ajudar a definir prioridades, embora já tenhamos uma estratégia relativamente consolidada destes oito anos de trabalho, em que muita coisa já aconteceu em vários setores, dando-lhe este plano continuidade”.

Especificou que, “no caso da reabilitação de património, Juromenha é um exemplo, mas precisamos de investir nos castelos de Alandroal e de Terena”.

João Grilo realçou também “a valorização da ligação ao rio e à água, em que começámos com a praia de Azenhas d’El Rei e agora queremos ir para o Centro Náutico de Juromenha, por exemplo”.

A par disso, reiterou que “há outros caminhos que não são tão evidentes e que este plano nos vem ajudar a consolidar, além de que também nos permite ter uma comunicação fácil com potenciais investidores”.

A esse nível, o autarca evidenciou que “este é um plano para percebermos onde é que queremos chegar, mas também para facilmente comunicarmos a potenciais investidores o que podem encontrar, que garantias é que têm ou que possibilidades é que existem”, reforçando que “é um instrumento de planeamento e de comunicação”.

Para o edil, “é um trabalho para que ao longo da próxima década se saiba efetivamente onde é que devemos colocar as nossas prioridades e os nossos recursos para chegarmos mais longe e conseguirmos mais atratividade”, adiantando que “trouxemos para o plano aqueles projetos que têm mais ‘maturidade’”.

No que diz respeito aos principais eixos estratégicos, João Grilo focou “o património, bem como as componentes do turismo, hotelaria, restauração e animação turística”.

Frisou ainda “a área da agricultura com todos os aspetos da tecnologia, da agricultura regenerativa e da conservação”, dando também destaque “aos aspetos ligados às energias renováveis, quer na produção solar fotovoltaica, quer na produção de hidrogénio”.

De acordo com o presidente da Câmara de Alandroal, há outras áreas importantes, como “os setores ligados aos produtos locais e à agroindústria; a ferrovia, em que continuamos a ter o objetivo de ter carga e descarga no concelho; ou o fator água, nomeadamente as praias fluviais e centros náuticos e as ligações ao outro lado, com a navegabilidade de Badajoz até Juromenha”.

Em jeito de conclusão, mencionou ainda “a natureza e a conservação”, exemplificando que “está previsto um projeto de criação de um santuário de elefantes, que contempla um espaço de educação ambiental”.

Texto e Fotos: Redação DS / Marina Pardal

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