“Um percurso de sucesso”. Foi assim que a reitora da Universidade de Évora (UÉ), Hermínia Vasconcelos Vilar, definiu os 70 anos da Escola Superior de Enfermagem São João de Deus (ESESJD).

A data foi celebrada no dia 8 de março, com uma cerimónia que juntou docentes, alunos e restante comunidade académica. Segundo a UÉ, “as comemorações irão decorrer ao longo do ano 2025 e têm como tema ‘Cuidar o corpo em transformação – ensinar e aprender’”, referindo que “é nosso propósito lembrar e respeitar o passado, mas sobretudo pensar o futuro”.

O evento realizado no passado sábado teve uma vertente mais científica, sendo também de realçar a entrega das insígnias aos estudantes finalistas.

Quanto à sessão de abertura, contou com a presença de Hermínia Vasconcelos Vilar; de Maria do Céu Marques, sub-diretora da ESESJD; Rúben Correia, representante dos estudantes da ESESJD; Ana Fonseca, vice-presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Enfermeiros (OE); Vítor Fialho, presidente da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central; e Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara de Évora.

A iniciativa ficou ainda marcada pelo reconhecimento feito ao professor Manuel Lopes, diretor da ESESJD, que não esteve presente por motivos de doença.

Durante a sessão, Ana Fonseca homenageou “sete décadas de história e excelência no ensino da enfermagem, que acontece de forma muito oportuna a 8 de março, Dia Internacional da Mulher”.

A esse respeito, a representante da OE recordou que “historicamente a nossa profissão tem sido marcada pelo trabalho, dedicação e resiliência de enfermeiras, que ao longo dos séculos enfrentaram desafios intensos e imensos para garantir o direito à saúde e à dignidade dos cuidados”.

Acrescentou ainda que “hoje as mulheres continuam a ser a maioria dos enfermeiros e o seu compromisso diário com o cuidar faz delas verdadeiras protagonistas na defesa do bem-estar das populações”.

Em declarações ao Diário do Sul, a reitora da UÉ evidenciou que “esta é uma escola com 70 anos que tem vindo a destacar-se pela área da formação, nomeadamente a licenciatura em Enfermagem que tem tido uma procura constante, enche as suas vagas todas e tem tido um reconhecimento muito grande em termos nacionais e internacionais”.

Frisou que, “ao mesmo tempo, é uma escola que tem desenvolvido formação pós-graduada, como mestrados, e também participa num doutoramento, com uma parte do seu corpo docente”, focando que “tem ainda formações de curta duração e também tem investigação”.

Para Hermínia Vasconcelos Vilar, “este é um percurso de sucesso e de consolidação da escola que eu espero que continue e que até ganhe outra dimensão com a aposta que a universidade está a fazer nesta área da saúde”.

Em relação à história da ESESJD, precisou que “foi criada em 1955, mas a sua integração na UÉ acontece em 2004”, lembrando que “a UÉ é reinstituída em 1973, com a Reforma de Veiga Simão, mas só entra realmente em vigor em 1975”.

Durante as intervenções, a subdiretora da ESESJD falou da falta de professores, enquanto o representante dos estudantes sublinhou as condições do edifício.

Questionada acerca destes dois problemas, a reitora da UÉ adiantou que, “da parte dos docentes, nós temos tido muitas aposentações, é toda uma geração que está a sair de toda a universidade, e temos tentado acompanhar o ritmo das aposentações com novas contratações”, lamentando que “os constrangimentos financeiros não permitem que nós possamos contratar antes das aposentações”.

No que diz respeito ao edifício, explicitou que “não é nosso, mas precisa de obras, pelo que vamos tentar fazer as obras essenciais, pois o nosso objetivo é que num futuro não muito distante se possam mudar para o novo edifício do polo da Saúde, quando o conseguirmos construir”.

Hermínia Vasconcelos Vilar revelou que “a nossa ideia é fazer as obras necessárias para melhorar as condições naquele edifício e em princípio já conseguimos ter algum financiamento para isso, esperando fazer essas obras ainda este ano, de preferência no intervalo das aulas”.

Texto e Fotos: Redação DS / Marina Pardal

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