Os alunos do 2.º ano do Curso Técnico de Apoio Psicossocial, da Escola Secundária Severim de Faria (ESSF), estão a preparar uma missão de voluntariado nos Açores, num projeto que envolve crianças, jovens e idosos.
Nesse sentido, os estudantes deste estabelecimento de ensino de Évora têm vindo a promover diversas atividades para angariar dinheiro para a concretização desta iniciativa.
Depois de já terem feito outras ações, como a venda de rifas ou de comida na escola, no passado dia 9 de fevereiro promoveram uma caminhada em Valverde, que juntou mais de uma centena de participantes.

Diana Valadas e Matilde Valadas são alunas desta turma e, neste momento, também estão a estagiar no Centro UNESCO Aldeia das Ciências, que tem parceria com o curso e ajudou a desenvolver esta atividade.
Em declarações ao Diário do Sul, as jovens contaram como foi organizar este evento e o que está a ser preparado para esse projeto nos Açores, partilhando ainda a importância que estas ações assumem no caminho que estão a trilhar.
“A caminhada surgiu da ideia de um grupo da nossa turma e foi uma das nossas colegas que fez esta sugestão, mas nunca tínhamos organizado algo com esta escala”, confessou Diana Valadas.

Acrescentou que “o professor Aires Carvalho aprovou a nossa ideia e começámos a ver vários percursos, para que a caminhada fosse apelativa, mas também não fosse perigosa para os nossos participantes”.
Referiu ainda que, “após encontrarmos o percurso ideal, começámos a entrar em contacto com algumas instituições e empresas que nos pudessem fornecer apoio, nomeadamente bens alimentares e outros produtos para os nossos kits”.
A par disso, “contámos com o apoio logístico da Câmara de Évora e a Casa do Povo de Valverde cedeu o espaço de forma gratuita para ponto de partida e de chegada da caminhada”, disse a mesma aluna.

Segundo Diana Valadas, “tivemos entre 100 a 150 participantes, sendo que houve pessoas que se inscreveram só para ajudar, mas não foram à caminhada”, evidenciando ainda que “tivemos uma aula de zumba no início e no final do percurso, que foi de cerca de nove quilómetros”.
Destacou também que “a ideia, a organização e a preparação do evento foi do 2.º ano, mas a turma de 1.º ano também esteve envolvida na concretização da iniciativa”.
De acordo com Matilde Valadas, “no final, houve a venda de produtos alimentares e bebidas para angariarmos mais algum dinheiro”, reiterando que “a parte logística desta componente foi mais com o 1.º ano”.

Sublinhou que “conseguimos também que muitos desses produtos nos fossem doados”, adiantando que “os alimentos angariados que sobraram foram depois oferecidos a instituições sociais”.
Quanto à verba conseguida, Diana Valadas esclareceu que “o valor conseguido com a caminhada foi só para o 2.º ano, enquanto a parte referente à venda de comida foi dividida com a turma de 1.º ano”.
Revelou ainda que, “no caso do 2.º ano, o dinheiro que conseguimos é um contributo para a concretização de uma ação de voluntariado que vamos fazer nos Açores, de 25 a 28 de março”.
As jovens afirmaram que “a quantia que temos ainda não é suficiente, pelo que vamos preparar mais algumas iniciativas”, exemplificando que “estamos a pensar fazer uma loja por um dia, com artigos em segunda mão, num espaço na cidade que ainda não está definido”.
Além disso, falaram da “revista ‘Como Assim?’, do curso de Apoio Psicossocial, que ainda está em construção”.

Relativamente à missão que vão desenvolver nos Açores, adiantaram que “vamos dinamizar atividades com crianças e jovens em risco, mas também com idosos”, frisando que “este trabalho é com a Associação de Juventude de Candelária, que é parceira do curso já há alguns anos”.
As alunas exemplificaram que “com as crianças vamos trabalhar com jogos tradicionais da nossa região e conhecer os que lá existem”, focando que “com os jovens e os idosos vamos juntar os dois públicos e vamos falar do conceito de ‘brincar ontem e hoje’”.
Em relação a estas ações fora da escola que fazem durante o curso, Diana e Matilde comentaram o que significam para o trajeto que têm vindo a percorrer.
“No caso do projeto nos Açores, vamos conhecer realidades diferentes e outras formas de trabalhar”, salientaram, confessando que “a organização destas atividades de angariação de fundos, por exemplo, são uma mais-valia para nos prepararmos para a vida adulta e para a área em que vamos trabalhar”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS / APS