A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em parceria com a Cátedra Naná Vasconcelos da UFRPE, por meio da pesquisa “Cátedra Naná Vasconcelos, as ações afirmativas e as possibilidades pluriepistêmicas nas Universidades Públicas”, financiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), promove a exibição especial do documentário Luiz Melodia – No Coração do Brasil no dia 13 de fevereiro, às 19h30, na Sala Derby do Cinema da Fundação.
A sessão exclusiva, com ingressos a R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia), será seguida por um debate com a diretora do filme, Alessandra Dorgan; a roteirista, Patrícia Palumbo; o produtor, Daniel Gaggini; além de Patrícia Vasconcelos, curadora da obra de Naná Vasconcelos, com mediação do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj, Túlio Velho Barreto.
“Será uma sessão muito especial, não apenas porque a equipe do longa vai conversar com o público após a sua exibição, mas principalmente porque os mesmos vão anunciar como está a produção do documentário sobre o nosso genial Naná Vasconcelos. Ainda estamos comemorando os 80 anos de Naná e essa sessão especial, seguida do anúncio, não deixa de ser mais uma homenagem ao pernambucano. Neste caso, nada mais apropriado do que fazê-la unindo a arte desses dois grandes músicos e compositores brasileiros”, destaca Túlio Velho Barreto.

Além da exibição do filme e do debate, a sessão será marcada pelo anúncio do andamento do documentário sobre o percussionista Naná Vasconcelos. “Essa exibição do documentário, com a equipe de produção e direção, é uma ação conjunta da Cátedra Naná Vasconcelos em parceria com a Dimeca/Fundaj, por meio da pesquisa sobre a Cátedra financiada pela Facepe. O objetivo é discutir o documentário e também dialogar sobre o próximo documentário, que será sobre Naná Vasconcelos. A equipe está vindo ao Recife e vai participar das atividades que teremos na próxima semana. É uma ação que visa, ainda, o ciclo de comemoração dos 80 anos de Naná”, explica o professor Moisés Santana, coordenador-geral da Cátedra Naná Vasconcelos.
Produtora musical e curadora da obra de Naná Vasconcelos, Patrícia Vasconcelos ressalta a amizade entre o percussionista e Luiz Melodia. “Estou muito feliz em participar da exibição do documentário de Luiz Melodia. É um momento especial. Naná e Luiz fizeram shows juntos, eram amigos. Esse documentário vai falar muito também sobre essa conexão geral que foi ser um artista negro naquela época, o quanto a arte foi aflorada e o quanto essas pessoas foram tão fortes para vivenciar esse momento de pura arte, com todas as dificuldades que enfrentaram. Será muito bom esmiuçar essa obra de Melodia, um grande cantor e compositor, um marco para a nossa cultura. E vou ver muita conexão com a obra de Naná. É uma obra que sai do papel e se eterniza como documentário, para que as pessoas saibam mais sobre Luiz Melodia. Quando fazemos curadoria de um artista que já partiu, a gente quer ver essas sementes plantadas para que novas gerações possam beber dessas fontes de pura arte”, diz a viúva de Naná Vasconcelos.
A roteirista Patrícia Palumbo ressaltou a felicidade de participar da exibição e lembrou um pouco do saudoso Melodia: “Luiz Melodia é um poeta, um menino nascido no Morro do Estácio, um jovem preto que fez um deslocamento para a Zona Sul Carioca por meio da sua arte. Foi recebido na casa da filha de Vinícius de Moraes, Susana Moraes, onde ele ficava. Ele foi muito bem ouvido por Torquato Neto e Waly Salomão, o que demonstra o quanto a poesia de Luiz Melodia conversa com essa poesia marginal dos anos 70”, comenta. Ela adianta que a pesquisa para o documentário sobre Naná Vasconcelos já foi iniciada. “Eu estou mergulhada nessa história há alguns anos”, conclui.
Fonte: FUNDAJ