Cerca de sete mil pessoas “abraçaram” as muralhas da cidade de Évora para assinalar o Dia Mundial do Cancro. Este cordão humano, com perto de 4,5 quilómetros, formou-se no dia 4 de fevereiro, durante a manhã, e foi composto, sobretudo, por alunos, professores e funcionários das escolas.

A iniciativa partiu precisamente dos quatro agrupamentos de escolas de Évora, juntando-se também a comunidade escolar do Colégio dos Salesianos, da EPRAL e da Universidade de Évora. Participaram ainda de membros de outras instituições, além da população em geral também ter aderido.

Segundo os promotores, “esta atividade foi pensada e idealizada pelos coordenadores do Projeto de Educação para a Saúde (PES) dos quatro agrupamentos de escolas de Évora (André de Gouveia, Severim de Faria, Gabriel Pereira e Manuel Ferreira Patrício)”.

Contou também “com o envolvimento de várias entidades, nomeadamente da Câmara de Évora, Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), PSP, ANEPC ou Bombeiros Voluntários de Évora”.

Em declarações aos jornalistas, Conceição Marinho, coordenadora do PES do Agrupamento de Escolas André de Gouveia, explicou que “esta iniciativa surgiu no âmbito da planificação das atividades do nosso projeto de educação para a saúde, no início do ano”, reiterando que “pensámos nesta atividade como uma atividade conjunta”.

Na sua opinião, “não fazia sentido ser uma iniciativa só nossa e os outros agrupamentos aderiram entusiasticamente”.

A mesma professora realçou que “o simbolismo desta ação foi unirmo-nos todos numa causa comum e sensibilizarmos todos de uma forma conjunta, alertando para esta doença que afeta toda a gente”.

Recordou que “já tínhamos feito no agrupamento iniciativas para assinalar esta data noutros anos, mas uma ação como esta foi a primeira vez e gostaríamos que não fosse pontual”.

Para Conceição Marinho, “foi uma ação simbólica, mas é algo que fica na memória”, afirmando que “ vamos fazer um balanço, mas penso que estamos motivados para continuar com esta iniciativa”.

Na sua perspetiva, “é importante falar sobre este assunto na sala de aula, mas esta iniciativa deixa marcas nos alunos, que não se vão esquecer que estiveram à volta da muralha”.

Por sua vez, Maria Eduarda Pécurto, voluntária coordenadora do Grupo de Apoio de Évora do Núcleo Regional do Sul da LPCC, destacou que “é através de ações como esta que conseguimos chegar mais à comunidade, nomeadamente através da prevenção primária e mudando para hábitos de vida saudáveis”.

Evidenciou ainda “estes jovens estiveram aqui para uma causa bastante importante e estiveram a demonstrar uma sensibilidade para a luta contra o cancro”, sublinhando que “é importante educá-los para a prevenção”.

A mesma responsável focou também que “ficam mais despertos e ao longo da sua vida vão entender que têm de mudar para hábitos de vida saudáveis”, reforçando que “sabemos que 30 por cento dos cancros podem ser evitados se tivermos hábitos de vida mais saudáveis”.

Maria Eduarda Pécurto deu ainda conta de que, “a nível mundial, em cada cinco pessoas uma vai ter cancro ao longo da sua vida”, apontando que “em cada nove homens um vai morrer de cancro e em cada 12 mulheres uma vai morrer de cancro”.

Texto: Redação / Marina Pardal
Fotos: DS

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