O elevador do edifício onde se encontram as Unidades de Saúde Familiar (USF) Planície e Eborae, em Évora, está avariado há mais de quatro semanas.
Esta situação tem dificultado o acesso dos utentes aos serviços médicos e de enfermagem que se encontram no primeiro e no segundo andares, sendo as escadas a única solução para quem precisa de se deslocar a esses patamares.
Pessoas idosas, com mobilidade reduzida ou com bebés ao colo, bem como as grávidas têm sentido limitações no acesso aos cuidados de saúde.
O Diário do Sul (DS) conversou com alguns utentes que manifestaram o seu desagrado relativamente a este problema, havendo também já queixas a circular pelas redes sociais. Ficámos ainda a par dos constrangimentos que esta situação tem gerado junto dos próprios profissionais de saúde no desempenho das suas funções.
Contactada fonte da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alentejo Central, referiu que “esta matéria é do pelouro da Câmara de Évora, apesar de ser numa USF”.
Recorde-se que há cerca de dois anos a Câmara Municipal de Évora assinou o auto de transferência de competências na área da saúde. Na altura, ficou definido que “entre as competências transferidas encontram-se, por exemplo, os edifícios dos cuidados de saúde primários, bem como a sua manutenção e alguns equipamentos”, pode ler-se na página do SNS.

CME garante que “tudo será feito para que a resolução ocorra no mínimo espaço de tempo possível”
Nesse âmbito, o DS contactou fonte do Município de Évora para perceber quais as medidas que já foram tomadas para resolver a avaria no referido elevador.
“Em rigor, a Câmara Municipal de Évora, em janeiro de 2023, no âmbito da transferência de competências nesta área, assumiu a responsabilidade pela manutenção e conservação de edifícios que apresentavam, à data, um estado de degradação, de imediato evidenciado através dos inúmeros pedidos de intervenção que os nossos serviços começaram a receber”, adiantou a autarquia, exemplificando com “reparação de portas, fechaduras, janelas, pinturas, iluminação, ar condicionado, canalização, entre outros”.
A mesma fonte esclareceu que isto levou a ter de “ser alterado o planeamento de trabalho dos serviços técnicos do município para acudir a estas solicitações, o que tem sido feito diligentemente”.
Quanto ao elevador em causa, a Câmara de Évora revelou que “foi desativado por razões de segurança, pois apresentava risco elevado para os utilizadores”.

Reiterou ainda que “quando a câmara assumiu a responsabilidade pelo edifício, o elevador já estava como reprovado no relatório de inspeção”, explicando que “foi pedida nova inspeção em setembro de 2023, que manteve o veredito de reprovado”.
Nesse sentido, a mesma fonte disse que “foi então integrado num conjunto de equipamentos para reparação através de concurso público, mas este ficou deserto, tendo sido aberto novo concurso, este em tramitação”.
Não obstante, o Município de Évora garantiu que, “por se ter consciência da premência na reparação deste elevador, e porque os procedimentos dos concursos públicos são demorados, estamos a efetuar uma consulta preliminar para serviços de manutenção corretiva (ajuste direto) para este equipamento em concreto”.
Garantiu ainda que “tudo será feito, como até agora tem sido, para que a resolução ocorra no mínimo espaço de tempo possível”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Foto: DS