Ana Beatriz Calado foi reeleita, no passado mês de dezembro, para um segundo mandato como presidente da Direção e Secções Autónomas da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUÉ).
Foi no dia 10 deste mês que decorreu a tomada de posse da nova equipa, que se compromete “a defender os direitos dos estudantes, a fortalecer a sua representatividade e a promover iniciativas que melhorem o ambiente académico”.
Em entrevista ao Diário do Sul, Ana Beatriz Calado deu conta de alguns dos desafios do mandato para 2025, ao mesmo tempo que resumiu o seu primeiro ano como presidente da AAUÉ.

“O balanço do ano anterior é muito positivo”, assumiu, realçando que “conseguimos alcançar várias metas que tínhamos definido no início”.
Ana Beatriz Calado, de 26 anos e a frequentar o curso de mestrado integrado em Arquitetura, destacou que “conseguimos uma aproximação aos estudantes, incluindo aos núcleos, às tunas e ao grupo académico, que era precisamente o mote da candidatura de 2024”.
A par disso, evidenciou que, “a nível de eventos, conseguimos aumentar o número de participantes”, exemplificando que “na Queima das Fitas de 2023 para 2024 houve um aumento de cerca de quatro mil pessoas, com um total de 19 mil participantes”.
Quanto a ser reeleita para um segundo mandato, confessou que “foi algo muito positivo e, de certa maneira, dá alguma credibilidade a esta equipa que apresentei”, especificando que “renovei vários cargos com pessoas que não tinham pertencido à AAUÉ no ano anterior”.

A mesma dirigente salientou ainda que “fomos reeleitos com 80 por cento dos votos pela academia”, lembrando que “já não existiam eleições disputadas (por duas listas) para a AAUÉ há quatro anos”.
Para a jovem, “ser reeleita com 80 por cento dos votos é algo que também deixa esta equipa com um sentimento de mais exigência porque a academia votou em nós, significando de alguma maneira mais responsabilidade”.
Em relação a este mandato que agora se iniciou, a presidente da AAUÉ disse que “esperamos também um ótimo trabalho, com alguns projetos novos que irão surgir”.
Anunciou que “vamos criar um podcast com temas da vida universitária, mas também ligados à atualidade”, adiantando ainda que “vamos realizar uma exposição com o espólio da AAUÉ, nomeadamente com os cartazes da Receção ao Caloiro e da Queima das Fitas que temos guardados ao longo de vários anos”.
Segundo Ana Beatriz Calado, “temos também reunido com os núcleos, tunas e grupo académico para melhorar a sua atividade e satisfazer mais as suas necessidades”.

Outra das revelações da dirigente foi que “queremos investir mais no desporto universitário”, recordando que, “no ano passado, conseguimos fazer um protocolo com a UÉ e com os Serviços de Ação Social, que, de alguma maneira, nos irá dar mais ‘ginástica’ a nível financeiro”.
Exemplificou que esse protocolo “vai permitir adquirir equipamentos de desporto que já não são atualizados há muitos anos porque não tínhamos financiamento e agora vamos começar a ter”, confidenciando que “esse foi possivelmente o grande marco de 2024”.
A presidente da AAUÉ reiterou que “nós nunca tínhamos tido com a UÉ e com os Serviços de Ação Social um protocolo alusivo ao desporto, enquanto isso já se verificava nas outras universidades, ou seja, nós éramos provavelmente a única instituição do país que não tinha esse protocolo”, apontando que “temos cerca de 135 estudantes atletas e o nosso objetivo é aumentar esse número”.
Outra questão referida pela jovem prende-se com, “neste momento, estar a haver a revisão do RJIES – Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, que está parado no tempo desde 2007”.
Focou que “este tema está agora a ser tratado, estamos a ver alterações e a apresentar propostas”, considerando que “2025 vai ser um ano importante porque após 18 anos penso que irá sair um novo RJIES”.
Ana Beatriz Calado manifestou ainda preocupação com o facto “do ministro ter vindo falar da questão do descongelamento da propina”.
Reforçou que “é algo que preocupa a academia de Évora e todas as academias no geral porque pode haver um entrave ao ensino superior e a manter os estudantes no ensino superior, mas é algo de que ainda não temos muita informação”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: AAUÉ