São três os gestos de autoproteção que todos devemos conhecer e praticar em caso de sismo: “Baixar – Proteger – Aguardar”. Foi precisamente para relembrar este procedimento que decorreu, mais uma vez, o exercício “A Terra Treme”, organizado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Segundo os promotores, esta iniciativa visa “alertar e sensibilizar a população sobre como agir antes, durante e depois da ocorrência de um sismo”, sublinhando que esses três gestos “são a melhor resposta para nos protegermos em caso de sismo”.

O exercício decorreu a nível nacional no dia 5 de novembro, pelas 11h05, envolvendo diferentes entidades, nomeadamente os estabelecimentos de ensino.

Em Évora, a Escola Secundária Gabriel Pereira (ESGP) acolheu uma sessão de sensibilização sobre o tema, no âmbito deste projeto, tendo decorrido uma palestra no auditório, à qual assistiram alunos e professores.

Em declarações ao Diário do Sul, Maria João Rosado, comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central, deu conta da importância desta ação.

“Em termos do exercício nacional de sensibilização para o risco sísmico ‘A Terra Treme’, ao nível da sub-região do Alentejo Central decorreram várias iniciativas, relativamente à proteção das pessoas perante o risco de ocorrência de sismo”, referiu.

A mesma responsável acrescentou que, “relativamente ao evento de âmbito sub-regional, foi realizado no Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira (AEGP), em Évora, tendo decorrido diferentes ações, nomeadamente o momento do exercício em si”.

Na sua opinião, este projeto “permite que nos lembremos todos e nos preparemos para a situação do risco sísmico, neste caso em contexto escolar, mas todos nós devemos ter muito bem presentes estes conhecimentos e perspetivas que nos possibilitem ajudarmo-nos a nós próprios em primeira instância, para num momento posterior conseguirmos ajudar quem está à nossa volta”.

De acordo com Maria João Rosado, “independentemente do local onde nós estamos, que até pode ser um lugar completamente desconhecido, existe um conjunto de três passos que devemos ter, que são baixar, proteger e aguardar”.

A esse respeito, esclareceu que “o baixar é para termos nós próprios, enquanto seres, um pouco mais de equilíbrio e até de conforto”.

Já o proteger, “passa por tentarmos abrigar-nos debaixo de uma estrutura que nos ofereça segurança e, caso não exista, tentarmos pelo menos proteger a cabeça com a mala ou até as próprias mãos”, realçou a comandante sub-regional.

Destacou ainda que “depois é aguardar que a situação do sismo passe para conseguirmos ter uma perspetiva de maior segurança e ver se já nos conseguimos deslocar para um sítio com mais segurança”.

Maria João Rosado evidenciou também que “o kit de sobrevivência faz muita falta”, recordando que “é necessário não apenas para um sismo, mas também para outras situações, como um incêndio ou inundação”.

Reiterou que “esse kit é essencial para termos alguma independência durante um dia ou dois, caso tenhamos de abandonar a nossa casa”, especificando que “deve conter enlatados, água, lanterna, rádio, pequeno estojo de primeiros socorros, muda de roupa, cópia dos documentos de identificação e da medicação que fazemos habitualmente, bem como alguns desses medicamentos”, sublinhando “o cuidado de ir renovando esses bens tendo em conta os prazos de validade”.

Alertou ainda para “não nos esquecermos dos animais de estimação, que também são família”.

No final do exercício realizado na ESGP, Glória Cordeiro, adjunta do diretor do AEGP e responsável pela equipa de segurança do agrupamento, salientou a importância destas ações.

“Todas as escolas do agrupamento fazem dois exercícios por ano, um no primeiro período, outro no segundo período, sendo um de sismos e outro de incêndios”, afiançou.

A mesma responsável focou que, “este ano, juntámo-nos ao exercício ‘A Terra Treme’ e fizemos cumulativamente as duas coisas”.

Na sua perspetiva, “estes exercícios são muito importantes, principalmente para nós percebermos o que é que não está bem e para podermos corrigir em caso de um acidente real, bem como para treinarmos os nossos alunos e professores para saberem o que fazer no caso de sismo”.

Glória Cordeiro recordou ainda que, “no último sismo que ocorreu, os nossos alunos tiveram um comportamento exemplar porque imediatamente fizeram os três passos que estavam treinados para fazer”, concluindo que “isso foi para nós a prova de que vale a pena todo este esforço”.

Texto e Fotos: Redação DS / Marina Pardal

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