É já a partir do dia 15 de novembro que arranca mais uma edição do #ETFEST, festival que celebra a criação artística emergente com o apoio do Banco BPI e da Fundação “la Caixa”. frente-a-frente, de Inês Campos & Vahan Kerovpyan; Kabeça Orí, de Aoaní & Joyce Souza (Associação Orí); FLOWERS!, de Mafalda Banquart (silentparty); e cão de sete patas, de Bibi Dória, terão a sua estreia absoluta n’O Espaço do Tempo nos fins-de-semana de 15-16 e 29-30 de novembro.

Nestes quatro dias, em Montemor-o-Novo, contaremos com oito espetáculos no total, apresentando assim os quatro projetos que venceram a 4.ª edição das Bolsas de Criação, em 2023, após duas semanas de residência artística em contexto final de criação. Desde 2019 que as Bolsas de Criação na área das Artes Performativas Contemporâneas d’O Espaço do Tempo são o maior estímulo à criação nas áreas da dança, do teatro, da performance e dos cruzamentos disciplinares, com um montante global de 100.000€ traduzido em quatro bolsas de 25.000€, com o apoio do Banco BPI e da Fundação “la Caixa”.

No dia 15 de novembro, às 19h00, na Blackbox, contamos com a estreia de frente-a-frente, da dupla composta por Inês Campos & Vahan Kerovpyan, um espetáculo musical e popular para todos os públicos que pega nas culturas do mundo e apropria-se da potência delas com tambores, voz e corpo, partindo de um senhor conhecido por Ramos Indiano, personagem com um arquivo impressionante de bandas sonoras de Bollywood. frente-a-frente é reposto no dia seguinte, 16 de novembro, pelas 21h30.

Também no dia 15 estreia Kabeça Orí, às 21h30 na Magina, consequência de uma trajetória que começou para Aoaní & Joyce Souza na cidade de Lisboa, acompanhando a história da presença negra neste território. Em Kabeça Orí, em diáspora, duas mulheres negras somam os seus passos e constroem um caminho relacionado com negritudes, diáspora, memória e ancestralidade. A peça volta a ser apresentada no dia 16 de novembro, às 19h00.

Já no dia 29 de novembro, às 19h00, Mafalda Banquart estreia FLOWERS! na Magina, uma performance que nos convida a revolucionar o modo como conhecemos e experienciamos o mundo. Combinando performance, reflexão filosófica e um DJ set, FLOWERS! inspira-se, entre tantas outras coisas, em pinturas de Monet ou na discografia de Miley Cyrus. A peça repete no dia 30, às 21h30.

Também no último fim-de-semana de novembro, O Espaço do Tempo acolhe a estreia de cão de sete patas, da artista Bibi Dória, um trabalho entre a ficção e o documentário, o sonho e a memória, que parte do filme Copacabana Mon Amour (1971), de Rogério Sganzerla. Personagem de referência no cinema marginal brasileiro, Sônia Silk sonha com cães de sete patas, homem-animais e outros monstros. cão de sete patas é apresentado no dia 29 de novembro, às 21h30, e no dia 30 de novembro, às 19h00, na Blackbox.

Como em toda a programação d’O Espaço do Tempo, a entrada é gratuita. Para esta edição do #ETFEST, nos dias 16 e 30 de novembro, ambas as sessões serão acompanhadas por interpretação integrada em Língua Gestual Portuguesa.

NOTAS BIOGRÁFICAS SOBRE OS ARTISTAS

Inês Campos & Vahan Kerovpyan

INÊS CAMPOS. Artista interdiciplinar cujo trabalho envolve coreografia, cinema, música e artes plásticas. Inês explora a relação entre o corpo e o seu lugar simbólico a partir de um imaginário de poesia pragmática. Circula as suas criações coexistimos, Artificĭu, fio ^; e co-criação Castor e Pollux com Teia Campos. Trabalhou com Sofia Dias&Vitor Roriz, Flora Détraz, Kalle Nio, Tânia Carvalho, Catarina Vasconcelos, Cláudia Varejão. Compõe, canta e é grafista na banda Sopa de Pedra e Tigre.

VAHAN KEROVPYAN. Performer, músico e compositor. Aprendeu percussão e piano em jeito autodidacta e sempre escreveu música e letras. As suas canções exploram o lugar entre a herança do passado e as questões quentes do presente. Estudou zarb persa com o mestre Madjid Khaladj. Licenciado em História e Estudos Arménios, está envolvido na preservação do património arménio como facilitador e criador de conteúdos pedagógicos em arménio. Compõe música para teatro, filmes de animação e dança. É co-fundador do Collectif Medz Bazar e da companhia A Toupeira, com Ana Madureira. Os seus projectos envolvem teatro, dança, clown e vídeo.

Aoaní & Joyce Souza

Aoaní Salvaterra é natural de Lobata-São Tomé e Príncipe. Mestre em Artes Performativas (ESTC-IPL) e licenciada em Jornalismo (FANOR). Joyce Souza é natural do Guarujá-Brasil. Doutoranda em Arte Contemporânea (Colégio das Artes- UC) e mestre em Artes Performativas (ESTC-IPL).

Fundadoras da Associação Orí, atuam como criadoras, atrizes, performers e educadoras. Juntas desenvolvem o projeto “Kabeça Orí” relacionado a negritudes, diáspora, memória e ancestralidade.

Mafalda Banquart

1992, Porto. Formou-se na Academia Contemporânea do Espetáculo e frequentou o “Recurso”, curso de teoria e criação teatral desenvolvido pela Estrutura, mala voadora e José Maria Vieira Mendes. Frequenta a licenciatura em Filosofia na Universidade do Porto. Como criadora e membro do coletivo silentparty, destaca os espetáculos “manifesta.”, “ÍMPAR”, “IMPARidades”, “What Plato said to Ariana Grande”, “Um Quarto Só Para Si” e a instalação “my technological pets”.

Bibi Dória

Bibi Dória (Campo Grande, BR) é uma artista interdisciplinar, graduada em Dança pela UNICAMP (BR) e associada a Sadler’s Wells/Rose Choreographic School (UK, 2024-6). Trabalha na intersecção entre a dança, a performance e o cinema. Reside em Lisboa (PT) desde 2018 onde desenvolve seus projetos autorais e colabora enquanto performer, assistente de direção e dramaturga junto a vários artistas. Entre eles, Bruno Brandolino (UY), com quem divide a performance e criação da obra LA BURLA (2022).

Fonte: Nota de Imprensa / O Espaço do Tempo
Fotos: João Otávio Peixoto

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