Dez Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para incêndios urbanos e industriais foram oferecidos pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) do Alentejo Central aos Bombeiros Voluntários de Arraiolos (BVA).
A cerimónia de entrega deste donativo aconteceu no dia 30 de outubro, no salão dos BVA. À margem da sessão, foi explicado aos jornalistas como surgiu esta oferta e a importância que ela assume no desempenho da missão dos “soldados da paz”.
Segundo Luís Madruga, membro do Conselho de Administração da CCAM do Alentejo Central, “os BVA identificaram uma necessidade relacionada com a falta de equipamento para combate a incêndios urbanos e industriais”, realçando que “os equipamentos que tinham já estariam bastante degradados e já não respeitariam inclusive a integridade necessária para os bombeiros combaterem dignamente e com segurança os incêndios que possam existir”.
Nesse sentido, esclareceu que “solicitaram se estaríamos disponíveis para apoiar e, tendo em conta o enquadramento e a necessidade urgente que foi identificada, nós aceitámos comparticipar dez fatos, que representaram um apoio de cerca de 8500 euros”.
Luís Madruga adiantou ainda que “esses EPI já estão disponíveis para que acontecendo algum incidente tenham condições para o combate com mais segurança”.
Garantiu também que “nós procuramos desenvolver os territórios onde estamos inseridos”, lembrando que “estamos em nove concelhos do Alentejo e já fizemos outras iniciativas deste género”.
A esse respeito, exemplificou que, “este ano, demos um donativo a cada uma das nove corporações de bombeiros que estão sediadas na nossa área de intervenção, tendo cada associação recebido um donativo de dez mil euros para comprarem material, viaturas ou aquilo que fosse necessário”.
O mesmo responsável focou que “nós entendemos que as pessoas só ficam nestes territórios se tiverem acesso a saúde, a meios de socorro, educação e é um pouco isso que nós procuramos fazer, apoiando nesse desenvolvimento dentro daquilo que é a nossa capacidade”.
Luís Madruga reforçou que “procuramos ser um pouco uniforme nos apoios”, frisando que “em todos esses nove concelhos em que nós estamos, procuramos apoiar todos dentro daquilo que é a nossa capacidade”.
Para Luís Gomes, presidente da Direção da Associação Humanitária dos BVA, “é muito importante este apoio do CA porque com a proteção destes fatos o bombeiro sente-se mais seguro”.
Salientou que “o bombeiro vai onde tem de ir, mas para a sua segurança necessita de estar equipado em condições para poderem sobreviver nessas situações”.
O mesmo responsável mencionou que “lutamos com graves dificuldades”, apontando que “temos um corpo de bombeiros de 62 elementos e temos dez fatos, o que significa que faltam mais alguns, mas este apoio foi uma mais-valia muito importante”.
Recordou ainda que “já este ano tínhamos tido um donativo de dez mil euros, tal como as outras corporações que estão localizadas na zona de ação do CA do Alentejo Central, valor que no nosso caso ajudou à compra de uma viatura de transporte de doentes não acamados”, mantendo a esperança de que “haja outras entidades que sigam o exemplo do CA”.
Por sua vez, Paulo Campos, comandante dos BVA, destacou algumas especificidades dos fatos oferecidos agora pelo CA do Alentejo Central.
“Estamos a falar de um EPI para incêndios urbanos e industriais, que confere uma segurança a quem o utiliza e permite-lhe desenvolver a missão de forma mais segura”, realçou, sustentado que “se não for em segurança os bombeiros não conseguem obviamente desempenhar a missão para a qual estão empenhados”.
Na sua perspetiva, “esta oferta veio constituir uma mais-valia para nós porque os equipamentos que tínhamos, alguns com mais de 30 anos, já não conferiam as qualidades para manterem a integridade física dos nossos bombeiros em segurança”, afiançando que “para nós isso é fundamental, é algo de que não abdicamos”.
O comandante evidenciou ainda que “temos 62 elementos, mais os elementos do quadro de chefias e de comando, e temos dez equipamentos que nos conferem realmente a garantia da segurança, obviamente respeitando aquilo que é a intervenção no teatro de operações”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS