“O Centro Tecnológico de Évora (CTE) é agora um pilar da estratégia da Capgemini em Portugal”. Esta foi uma das mensagens partilhadas por Cristina Rodrigues, administradora-delegada da Capgemini Portugal, durante a celebração dos dez anos da multinacional na cidade alentejana.

A cerimónia que assinalou o décimo aniversário da Capgemini em Évora decorreu no dia 21 de outubro, contando com a presença de representantes nacionais e internacionais da empresa, bem como de várias entidades da região.

“Ao longo desta década vivemos um período de incessante busca pela inovação e desenvolvimento tecnológico, que não só reforçou a nossa posição no setor, mas também contribuiu para o crescimento económico e social e para a coesão territorial de Portugal”, realçou Cristina Rodrigues no seu discurso, assegurando que “o CTE foi criado com um propósito claro, apoiar clientes em várias regiões que se expressam em diversos idiomas e atrair talento altamente qualificado”.

A mesma responsável destacou que “a decisão de estabelecer este polo em Évora foi o resultado de uma análise cuidadosa das valências competitivas da região, como a proximidade de centros universitários de referência e uma rede de infraestruturas robusta e graças a parcerias estratégicas com instituições”.

Reforçou que “o CTE é agora um pilar da estratégia da Capgemini em Portugal e um exemplo do que podemos alcançar quando trabalhamos em conjunto, desenvolvendo projetos para grandes multinacionais na Europa com resultados experienciados por milhares de pessoas em todo o mundo”.

De acordo com a administradora-delegada da Capgemini Portugal, “com uma equipa de mais de uma centena de profissionais dedicados, o CTE reflete um ambiente jovem e dinâmico, onde a diversidade se afirma como uma das nossas maiores forças, vital para enfrentar os desafios do futuro”.

Garantiu ainda que “neste espírito de inovação e crescimento é importante ressaltar que temos planos ambiciosos para continuar a nossa trajetória”.

O evento contou com a presença de Eric de Quartrebarbe, CEO da Europe Cluster Business Unit da Capgemini. Em declarações ao Diário do Sul, evidenciou que “este foi um dia importante porque estamos a celebrar o décimo aniversário do CTE”.

Sublinhou que “Évora faz parte da nossa estratégia”, lembrando que “a Capgemini em Portugal está em quatro locais, nomeadamente Lisboa, Vila Nova de Gaia, Fundão e Évora”

O mesmo responsável afirmou que “o centro de Évora é complementar a todos os outros para desenvolver o nosso negócio em Portugal”, admitindo que “é muito importante que continuemos a alavancar o ecossistema local e a ter estas pessoas muito motivadas para contribuir para desenvolver Évora”.

Por sua vez, Daniel Neves, responsável pelo CTE da Capgemini, deu a conhecer um pouco mais sobre o trabalho que é realizado neste espaço.

“Na Capgemini aqui em Évora nós temos um grupo de desenvolvimento de práticas associadas ao CRM, onde trabalhamos várias tecnologias para clientes nacionais, mas principalmente para clientes internacionais”, explicou, salientando que “os nossos clientes internacionais valorizam muito a forma como as pessoas trabalham aqui em Évora, o espírito de grupo, a estabilidade das pessoas e também a qualidade de vida que a cidade de Évora nos proporciona”.

O mesmo responsável evidenciou que “temos também uma forte componente de parcerias, nomeadamente com a Universidade de Évora (UÉ), o IEFP ou o Instituto Politécnico de Portalegre, que são basicamente as nossas fontes de talento aqui de Évora”.

Especificou que “depois de incluir essas pessoas na empresa temos aqui uma forte componente de academias, onde são treinadas para estarem preparadas para estarem com os clientes e para tecnologicamente criarem valor para o cliente”.

Segundo Daniel Neves, “ao fim de dez anos temos uma equipa super experiente, que consegue entregar serviços de excelência tanto aqui em Portugal, como nos nossos projetos internacionais”.

Reiterou que “as nossas parcerias com a UÈ e o IEFP também são claramente uma mais-valia, os alunos depois de acabarem a faculdade e os cursos precisam de entrada no mercado de trabalho e, por outro lado, nós queremos cada vez mais crescer e ter mais pessoas a entregar serviços ao cliente”.

O responsável do CTE focou que “temos muita coisa a aportar à cidade de Évora e estou absolutamente convicto de não ter as coisas todas centralizadas em Lisboa e no Porto”, considerando que “temos aqui condições espetaculares em Évora para criar negócios e formar pessoas”.

Mencionou também “o compromisso com a responsabilidade social, com todas as iniciativas que temos na Capgemini aqui em Évora, como a horta biológica ou a entrega todas as semanas daquilo que recolhemos para a Pão e Paz e outras associações”, referindo ainda as preocupações com “a sustentabilidade económica, ambiental e até cultural”.

Em jeito de conclusão, Daniel Neves referiu “o futuro para nós é de crescimento e queremos cada vez mais criar postos de trabalho, aumentar o nosso negócio e fazer vários investimentos, seja do ponto de vista das academias, formação ou sustentabilidade”, constatando que “os nossos clientes reconhecem o CTE como de alta qualificação e de excelência da entrega”.

O caminho que a multinacional tem feito em Évora foi destacado durante esse encontro, ao mesmo tempo que também foi partilhado o percurso realizado por alguns dos seus colaboradores.

Paulo Janela Santos, primeiro diretor do CTE

“Fui diretor do CTE desde a sua ideia e conceção até que inaugurámos este edifício (antiga Somefe). Antes estávamos na Casa Cordovil, da UÉ. Posso dizer que foi o maior desafio que tive na Capgemini, mas é também aquele que eu guardo com maior satisfação. Conseguimos juntar uma equipa muito coesa, de algumas pessoas que ainda cá estão. Na altura, era bastante complicado encontrarmos pessoas para esta área e houve a reconversão de muitas delas, que se integraram e iniciaram aqui uma nova carreira”.

Luís Baltazar, antigo diretor do CTE

“Estive a gerir o CTE entre 2019 e 2021 e foi uma experiência muito enriquecedora ver crescer o centro. Foi um período desafiante também porque foi preciso recrutar muitas pessoas, capturar talentos e acima de tudo formá-los em tecnologias muito específicas, que o mercado nacional e internacional na altura reconhecia bastante. Acabámos de formar todos esses profissionais e esses talentos e depois vê-los crescer no mercado foi muito enriquecedor. Formámos umas boas dezenas de novos empreendedores e novos consultores que deram um ‘boost’ a esta zona e à Capgemini também”.

Paulo Fão, membro do Comité Executivo da Capgemini Portugal

“Deram-me o desafio de criar este espaço aqui em Évora, a nível da componente mais física em termos de edifício. Queríamos um crescimento relativamente rápido e duradouro e estávamos à procura de um local para nos implementarmos aqui em Évora definitivamente. Acima de tudo, a nossa maior preocupação era conseguir ter o universo de todos os nossos colaboradores e que tivessem oportunidade de projetos internacionais também. Acho que é um trabalho bem conseguido e com um potencial de futuro muito grande”.

Miguel Mancellos, vice-presidente da Capgemini Portugal e head of DCX Practice (Digital Customer Experience)

“Este centro surgiu motivado por uma coisa que para nós é muito importante, que é a procura de talento humano. O nosso negócio de consultoria é feito de pessoas e, portanto, precisamos das melhores pessoas para prestar os nossos serviços. E num contexto de escassez desse talento, as empresas saíram um pouco dos centros tradicionais, Lisboa e Porto, para procurar outras fontes desse talento. Nesse sentido, Évora é perfeita pela localização e pelas universidades, diria que isso foi o que motivou originalmente o pensar num escritório em Évora”.

Célia Orvalho, Salesforce Manager na Capgemini Portugal (Évora)

“Estou na Capgemini aqui em Évora há quase dez anos. Costumo dizer que eu programo as diversas plataformas onde as pessoas trabalham. Trabalho com uma grande base de dados em Salesforce ou CRM e o que faço é adaptar esse CRM à necessidade do cliente final. Por exemplo, uma grande plataforma que tem um call center e que tem de ter uma grande base de dados onde pode recolher a informação e onde a regista, o que fazemos é preparar essa plataforma para ajudar as pessoas nesse call center a ajudar os seus clientes na resposta mais rápida e mais eficiente”.

Filipe Torrado, senior manager na Capgemini

“Entrei na Capgemini em Évora há dez anos, fruto da oportunidade deste centro. Desde então, tenho tido uma carreira na área de Microsoft Dynamics, uma tecnologia CRM. Fui evoluindo nos diferentes cargos técnicos até à posição que ocupo hoje, que toma conta da liderança da prática de Dynamics na Capgemini e nesta unidade. Tem sido uma experiência ótima com vários desafios, em projetos nacionais e internacionais, contactos com diversos clientes. Tem contribuído para a minha evolução pessoal e profissional”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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