Évora acolhe mais uma edição do Contanário, o Festival de Contos e Formas de Contar organizado pela associação cultural É Neste País, em parceria com várias entidades.
O evento teve início na terça-feira com uma arruada pela cidade, protagonizada pelo trio Pele e Fole, da associação Do Imaginário. Seguiu-se a abertura do Contanário com a inauguração da exposição de cartazes É Neste País 2010-2024, de Joana Dias e Rogério Veloso, na Biblioteca Pública de Évora (BPE). A apresentação esteve a cargo da contadora de histórias Bru Junça.
Até sábado, diferentes espaços de Évora acolhem o festival, que na sua grande maioria tem sessões de entrada gratuita, embora algumas estejam sujeitas a marcação.
Esta é a décima edição do Contanário. Para Joana Dias, da organização, “passou muito rápido, com muito trabalho e resistência, mas conseguimos chegar até aqui”, realçando que “é muito bom porque somos uma equipa pequena, que não vive da associação, mas que tem muito gosto em criar este festival”.
Em declarações aos jornalistas, explicou que “conseguimos ter artistas nacionais e internacionais, abrangendo um público muito grande porque temos durante o dia sessões com escolas, por exemplo, e ao fim do dia e à noite sessões para os mais crescidos e abertos a toda a gente”.
Entre uma vasta panóplia de iniciativas, desde o teatro às marionetas, com especial foco nos contos, Joana Dias destacou que “temos variadíssimas pessoas a contar, nomeadamente da Galiza, Uruguai, Brasil ou Portugal”.
Na sua opinião, “tem sido muito bom conhecer tanta gente nestes anos”, constatando que “vínhamos todos da área da ilustração, design, marionetas e aqui abriu-se muito o nosso mundo para outras áreas”.
A mesma responsável adiantou também que “temos apoios e estrutura para fazer uma boa programação, mas infelizmente ainda não conseguimos ter o valor monetário para conseguir chegar a todo o lado”, exemplificando que “temos as sessões com as escolas sobrelotadas e temos ainda muitos pedidos a que não vamos conseguir dar resposta”.
Quanto à exposição patente na BPE, referiu que “é minha e do Rogério Veloso, que somos os designers da É Neste País, e que ao longo destes quase 15 anos fomos sempre fazendo cartazes para as sessões realizadas”, comentando que “temos também alguns convidados que participaram nos cartazes”.
Relativamente à dinâmica do Contanário, Joana Dias confirmou que “decorre em vários locais, até porque também faz parte do festival desafiarmos outras associações e outros espaços a receberem os contos”.
Evidenciou ainda que “a ideia que sempre defendemos é de ser um festival aberto a todos”, constatando que “se estivermos num sítio fechado é mais difícil outras pessoas se juntarem, mas na rua faz todo o sentido”.
Texto e Fotos: Redação DS / Marina Pardal