No dia 15 de agosto de 1945, o Japão assumiu a sua rendição incondicional. Após 14 anos de uma luta sangrenta e de enormes sacrifícios, o povo chinês alcançou a vitória na Guerra de Resistência contra a invasão japonesa.

79 anos volvidos, na manhã do passado dia 15, o Primeiro-Ministro japonês, Fumio Kishida, em nome do presidente do Partido Liberal Democrata, visitou o Santuário Yasukuni, onde estão enterrados criminosos da Segunda Guerra Mundial.

Ao mesmo tempo, Hideo Shimizu, de 94 anos, antigo membro da Unidade 731 (o destacamento japonês de guerra bacteriológica durante a Segunda Guerra Mundial) visitou o “Salão de Exposições de Evidências de Crimes Cometidos” por aquela Unidade, localizado na cidade de Harbin, capital da província de Heilongjiang, no nordeste da China. A sua visita teve como objetivo “reconhecer e pedir perdão pelas atrocidades cometidas pelo seu destacamento militar durante a invasão japonesa”.

Responsáveis chineses referem que, “infelizmente, a cada dia 15 de agosto, políticos japoneses de direita visitam o Santuário Yasukuni, os livros de História do Japão apagam deliberadamente a invasão que perpetrou, minimizando a guerra de agressão contra a China, o Massacre de Nanjing e outros incidentes, e concentrando-se no bombardeio atómico no Japão, apresentando o seu país como uma vítima da guerra”.

E acrescentam: “Este comportamento das autoridades japonesas é ultrajante, desrespeitando a verdade histórica e alijando responsabilidades, contrastando com o veterano combatente que lamenta os actos cometidos”.

De acordo com dirigentes chineses, “o governo japonês tem vindo a aludir, nos últimos anos, a uma hipotética ‘ameaça da China’, usando isso como desculpa para romper as restrições às suas forças armadas”. E alertam:

“O Japão quer aumentar para 2% do PIB o seu orçamento na defesa nacional até 2027. Está também a promover ativamente o processo de intromissão da NATO na Ásia-Pacífico, sinais que indicam que o Japão tenta retomar a sua política de voltar a ser uma potência militar, o que pode provocar novas ameaças à paz e estabilidade da Ásia”.

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