São já 111 anos de história que marcam o percurso da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) do Alentejo Central. A instituição tem agora uma nova sede, mostrando a sua aposta no desenvolvimento económico e social da região, mas também na melhoria da qualidade dos serviços que presta aos seus associados e clientes.

Recorde-se que a CCAM do Alentejo Central está presente em nove concelhos, nomeadamente Alandroal, Arraiolos, Évora, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sousel e Vila Viçosa, dispondo de 19 agências dispersas por estes territórios.

É logo à entrada do Parque Industrial e Tecnológico de Évora (PITE), mais precisamente na Rua Circular Norte (Lote 75), que encontramos o novo edifício do Crédito Agrícola (CA) do Alentejo Central, inaugurado no dia 19 de julho.

A cerimónia contou com a presença de elementos do Conselho de Administração da CCAM do Alentejo Central, bem como de associados deste organismo. De salientar também a participação do secretário de Estado da Agricultura, João Moura; do presidente do Conselho de Administração do Grupo CA, Licínio Pina; do arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho; de vários autarcas e de representantes de diversas entidades da região.

Em declarações ao Grupo Diário do Sul, o presidente do Conselho de Administração da CCAM do Alentejo Central, José Tirapicos Nunes, confessou este dia “foi de grande alegria”, sublinhando que “comemorámos a inauguração desta sede, mas também a efeméride do CA estar em Évora desde 19 de julho de 1913”.

Deu ainda conta de que “as atividades bancárias no novo edifício, inclusive o atendimento ao público, começaram nos princípios de julho”.

O mesmo responsável referiu que “este edifício foi uma necessidade que nós encontrámos há bastante tempo, mas tivemos de ir desenvolvendo as coisas gradualmente porque o CA do Alentejo Central tem feito uma série de fusões”.

A esse respeito, adiantou que, “neste momento, estamos em nove concelhos do Alentejo e isso representa ter nove portas abertas ao público nas sedes de concelho, bem como em mais algumas aldeias ou vilas secundárias (19 agências no total)”.

Segundo José Tirapicos Nunes, “isso já implica bastante gente (cerca de 75 pessoas) a necessitar de apoio de retaguarda e era difícil acomodar em qualquer uma das sedes anteriores, por isso, tínhamos os serviços dispersos, o que é sempre mau a nível de eficiência e eficácia”.

Na sua perspetiva, “com o novo edifício temos agora condições para trabalhar melhor e para oferecer melhor qualidade no atendimento do público, seja ao balcão, seja para investimentos ou negócios maiores, com mais privacidade, mantendo sempre os lemas do CA, como a confiança, a proximidade ou a sustentabilidade”.

Deixou também “louvores ao arquiteto José Filipe Ramalho, infelizmente já falecido, que teve muita inspiração na sua conceção”, confidenciando que considera “o edifício muito bonito e muito funcional”.

Para o presidente do Conselho de Administração da CCAM do Alentejo Central, “o edifício também veio de certa maneira enriquecer aqui o PITÉ”.

Relativamente à localização, definiu-a como “estratégica e foi fundamental na nossa escolha”, explicando que “a tal proximidade que nós queremos é exatamente estar onde as coisas acontecem e as coisas acontecem onde estão as iniciativas e a criação de riqueza, pelo que em Évora esta seria a zona mais adequada”.

José Tirapicos Nunes especificou ainda que “tínhamos uma experiência de muita atividade naquele espaço que tínhamos no NERE, que estava a ser cada vez mais reduzido devido a essa procura”.

Com a abertura da nova sede, que inclui também um balcão de atendimento ao público, a agência existente no NERE fechou, mas a da Praça do Giraldo mantém-se.

“O balcão na Praça do Giraldo é o ex-líbris na cidade do CA e é um ponto de visibilidade”, reiterou o mesmo responsável, mencionando mais uma vez a importância da proximidade.

“É importante que o nosso banco tenha rendimentos para ser sustentável, mas somos um banco de proximidade e apostamos em manter um balcão no centro histórico, onde há muita gente, inclusive uma população tendencialmente envelhecida, que nem sempre tem facilidade em deslocar-se até aqui”, destacou.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração do CA do Alentejo Central, “ainda temos o serviço de atender as pessoas, quando a maior parte da banca já não atende ninguém, é através de máquinas”, realçando que “o importante não é o dinheiro, é aquilo que podemos fazer com ele, que também passa por esta atividade social e este diálogo com as pessoas”.

Sublinhou ainda que “se fosse só pelo dinheiro, já não tínhamos a rede de máquinas ATM que temos espalhadas por aldeias, por exemplo”, comentando que “a consciência que nós temos é que se não estivermos lá, as pessoas para pagar uma simples conta da luz têm de se deslocar quilómetros”.

Um dos pontos focados por José Tirapicos Nunes foi que “estamos cá para realizar os sonhos dos alentejanos e ajudar a concretizar os projetos que têm em mente, contribuindo todos juntos para o crescimento e o desenvolvimento do Alentejo”.

Garantiu também que “a nossa porta estará sempre aberta para todos”, lembrando que, “por se chamar CA, não é de maneira nenhuma um banco dedicado à agricultura”.

O mesmo responsável acrescentou que “a agricultura continua a ter expressão na nossa atividade, mas hoje temos áreas diversas”, exemplificando que “ainda temos uma boa quota de mercado na agricultura e na agroindústria, mas também temos no crédito à habitação ou noutros investimentos industriais”.

O presidente do Conselho de Administração do CA do Alentejo Central assegurou que “nós hoje somos concorrenciais e com boas condições”, ressalvando que isso “é medido pela quantidade de pessoas que nos procuram para realizar essas suas necessidades de investimento”.

A par disso, evidenciou que “a responsabilidade social faz parte da génese do CA, que já nasceu com essa matriz porque é uma cooperativa de crédito em que as pessoas se associaram, aquando da sua criação, para fazer face às dificuldades que tinham no acesso a crédito agrícola nessa época”.

Grupo Crédito Agrícola destaca importância do novo edifício

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Crédito Agrícola, Licínio Pina, marcou presença na cerimónia de inauguração deste espaço em Évora.

Em declarações aos jornalistas, revelou que, “para o CA, a inauguração de uma sede nova de uma Caixa Agrícola regional, como é a do Alentejo Central, tem uma importância muito significativa, na medida em que as atuais instalações onde funcionava na Praça do Giraldo eram exíguas para a dimensão que a Caixa tem e para se desenvolver”.

Licínio Pina afiançou que “para nós é uma grande satisfação ter aqui um edifício tão bonito, tão vistoso e ergonómico para todos os que cá trabalham e todos os clientes e associados da Caixa Agrícola”.

Na sua opinião, “este investimento que o CA do Alentejo Central faz é garantia para as populações residentes nesta área de que a Caixa está para ficar, não está para se ir embora”.

Frisou ainda que “a Caixa Agrícola do Alentejo Central é um exemplo de aglutinação de vontade de vários concelhos”, apontando que “tem nesta sede a possibilidade de se afirmar mais ainda no mercado que explora”.

Em termos dos resultados a nível nacional, o presidente do Conselho de Administração do Grupo CA avançou que “este ano tem sido bom”, explicitando que “em relação ao primeiro semestre já encerrámos contas do conjunto das caixas agrícolas e o resultado é excecional, bem como no desempenho que as caixas têm tido”.

Além disso, congratulou-se por, recentemente, “a revista The Banker, do grupo Financial Times, ter classificado o CA como o ‘Banco com Melhor Performance em Portugal’”, concluindo que “é uma grande satisfação”.

Pode ver a reportagem vídeo no seguinte link:
https://www.youtube.com/watch?v=886mrw5l3fA&t=71s

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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