A oitava conferência do Roadshow Fomento decorreu em Évora no dia 18 deste mês, tendo como mote “Gerir com excelência para financiar com sucesso: boas práticas de governance empresarial que fazem a diferença no acesso a soluções financeiras”.

O evento foi promovido pelo Banco Português de Fomento e contou, neste caso, com a parceria do NERE – Núcleo Empresarial da Região de Évora e do NERBE/AEBAL – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral.

A sessão, que teve lugar no auditório do NERE, reuniu mais de uma centena de participantes, nomeadamente empresários, mas também alguns estudantes.

Segundo os promotores, “esta foi uma oportunidade para os participantes terem acesso a insights, testemunhos e informações importantes, que podem ajudar à reflexão e apoiar as suas decisões de negócio e de financiamento”, permitindo “conhecer as soluções de financiamento do Banco Português de Fomento, com destaque para os instrumentos lançados ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

Em declarações ao Diário do Sul, Ana Carvalho, presidente da Comissão Executiva do Banco Português de Fomento, explicou que “este roadshow é um conjunto de eventos em que faremos ao longo do ano um total de dez sessões, tendo sido esta a oitava”.

Sublinhou que “estivemos com muito gosto em Évora numa sessão para explicar o que é que é o banco e quais são os instrumentos de capital de risco ou de quase capital que temos para apoiar as empresas nacionais, com particular destaque neste caso para as empresas desta região”, reiterando que “falámos um pouco de soluções e de apoios ao financiamento”.

De acordo com a mesma responsável, “convidámos para a sessão um painel de oradores que partilhou as suas experiências no contexto das opções de financiamento, das soluções de capital e tivemos aqui uma conversa mais fluida com empresas, que explicaram como é que elas próprias também olham para os temas do financiamento e como é que tomam as suas decisões de investimento”.

Acrescentou ainda que “partilharam como é que fazem as análises e os pensamentos técnicos sobre as questões da sua vida, que no fim do dia são aquelas que nós também fazemos quando tomamos uma decisão de financiamento”.

Perante o atual cenário económico, Ana Carvalho focou que “é nestes momentos um pouco mais conturbados que as soluções que descrevemos nesta sessão são particularmente relevantes”, realçando que “nós não falámos de financiamento de crédito, falámos de soluções de capital ou de quase capital, são soluções que dão uma estabilidade adicional à autonomia financeira das empresas, que lhe dão mais robustez”.

Na sua perspetiva, “é muito importante explicar quais são as soluções mais robustas que as empresas podem ter para complementar com as soluções de crédito tradicionais e desenvolver os projetos de investimento, capitalizar as empresas e apoiar a tesouraria de uma forma mais estável”.

A mesma responsável disse ainda que “estamos a falar de soluções até 2031, com estabilidade, com prazos de reembolso confortáveis para as empresas e que ajudam particularmente nestas situações de maior instabilidade da economia”.

Destacou também que “fazemos sempre estas sessões em parceria com as associações empresariais locais, com o objetivo de chegarmos mais depressa às empresas”, constatando que “as associações têm feito connosco um trabalho extraordinário e aqui em Évora foi mais um exemplo disso”.

Ana Carvalho afiançou que “ultrapassámos largamente a centena de participantes, incluindo alunos de escolas da região”, comentando que “ter aqui alunos foi uma novidade e foi algo muito importante, pois o tema do financiamento, do capital, da interação das empresas e dos financiadores é algo que faz sentido começar a ser debatido já nas escolas para de alguma forma tornar a realidade mais próxima daquilo que vai ser ‘amanhã’ o dia-a-dia destes jovens”.

Associações empresariais destacam importância do evento

A parceria com as associações empresariais é uma das apostas do Banco Português de Fomento para a realização destas conferências.

A esse respeito, o presidente da Direção do NERE, Rui Espada, evidenciou que “é importante para os empresários da região perceberem o que têm disponível para os grandes investimentos, mas também para os pequenos investimentos, até porque aqui temos um tecido empresarial pequeno”.

Afirmou que “aceitámos desde logo a realização desta iniciativa, que também contou com a parceria do NERBE/AEBAL, para chegar mais rapidamente ao tecido empresarial”.

Deu ainda nota de que “tivemos ‘casa cheia’, possivelmente fruto do interesse dos empresários neste tema”, recordando que “estão aí os quadros comunitários e há muitos projetos para financiar, pelo que é importante saber de que forma é que o Banco Fomento pode vir a ajudar os empresários”.

Por sua vez, o presidente da Direção do NERBE/AEBAL, David Simão, reforçou que, “nesta altura que estamos a viver, é importante aproximarmos cada vez mais os empresários dos instrumentos financeiros que têm à sua disposição, bem como que as pessoas conheçam estas novas realidades e os instrumentos que os capacitem dentro da empresa”.

Na sua opinião, “temos de olhar para a banca e para os instrumentos financeiros que temos não como uma perspetiva de fornecedores ou de clientes, mas sim como uma perspetiva de parceria, em que estamos todos interessados, tanto a banca, como as empresas, em tornarmos a nossa economia eficiente”, considerando que “tal só pode ser se estivermos bem informados e entrosados e conhecermos os planos uns dos outros”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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