“Um jogo visual aparatoso à volta da ideia de pintura”. Esta é a proposta do artista eborense Rui Macedo com a exposição que inaugura amanhã, pelas 17 horas, no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), em Évora.
Intitula-se precisamente “Aparato” e conta com curadoria de José Alberto Ferreira, tendo sido concebida especificamente para a FEA.
Segundo a nota de imprensa enviada ao Diário do Sul (DS), “é uma proposta artística exclusivamente baseada na pintura como disciplina exploratória das linguagens da representação visual”.
Patente até ao final do ano, a mostra pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, com entrada livre.
Em entrevista ao DS, Rui Macedo explicou que “esta é uma exposição individual de pintura da minha autoria, na qual procuro desafiar o visitante a explorar os limites da própria pintura em si”.
Especificou que “existe uma série de ‘armadilhas’ visuais que nos desafiam a propósito daquilo que são os nossos pré conceitos à volta daquilo que temos como expectativa quando nos preparamos para ir a uma exposição de pintura”.
Na sua opinião, “é como se já trouxéssemos connosco uma bagagem de referências que de alguma maneira procuramos encontrar numa exposição quando ela está inicialmente identificada como sendo uma exposição de pintura”.
De acordo com o autor, “é com essas pré ideias definidas que temos à volta do que consideramos pintura e que não é pintura que eu jogo, criando este jogo visual aparatoso à volta da ideia de pintura”.
Confessou que “a expectativa que tenho sempre em relação ao público é que as pessoas se divirtam, que de alguma maneira tirem partido de uma experiência de visita a uma exposição e que vão disponíveis para se surpreender”.
Rui Macedo admitiu ainda que “expor na minha cidade é uma grande responsabilidade”, recordando que “quando o José Alberto Ferreira me desafiou para fazer esta exposição aceitei com muito gosto”.
Sublinhou que “é um grande orgulho expor em Évora, nomeadamente na FEA que é uma referência”, reforçando que “é uma responsabilidade voltar a casa”.
O artista adiantou também que “estão previstas três visitas comentadas com o curador, um convidado e comigo”, referindo que “as datas ainda não estão definidas, mas a nossa intenção é fazer uma visita em cada mês (outubro, novembro e dezembro)”.
A esse respeito, destacou que “é uma oportunidade para partilharmos diferentes pontos de vista”, reiterando que “todos os pontos de vista no campo artístico são bem-vindos e todos são válidos”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS / Vítor Godinho