“Estimular a criação nas áreas da dança, do teatro e de cruzamentos disciplinares e contribuir para o desenvolvimento sustentável do percurso de artistas, nas referidas áreas”, é o principal objetivo do Projeto Casa.

Esta iniciativa, que já vai na sua segunda edição, é promovida pel’O Espaço do Tempo (sediado em Montemor-o-Novo), o Cineteatro Louletano e o Centro Cultural Vila Flor.

Segundo a nota de imprensa d’O Espaço do Tempo, “’Volta para a Tua Terra’, de Keli Freitas, e ‘Musseque’, de Fábio Krayze, são os dois projetos selecionados para esta segunda edição”, especificando que “o júri foi constituído por Pedro Barreiro, Paulo Silva e Rui Torrinha, diretores artísticos das três estruturas organizadoras”.

A mesma fonte adiantou que, “cada apoio, no montante total de 25 mil euros, incluirá uma residência de cerca de sete semanas n’O Espaço do Tempo e uma residência de cerca duas semanas no local de estreia absoluta da obra”.

Relativamente aos projetos selecionados, foi referido que “’Volta para a Tua Terra’, de Keli Freitas, foi a escolha para a área do teatro e cruzamentos disciplinares”, destacando que “esta artista brasileira reside em Portugal há 6 anos”.

Keli Freitas – foto de Pri Maria

De acordo com O Espaço do Tempo, “este projeto destacou-se pela sua pertinência artística, cultural, social e política, bem como pela importância dos temas tratados e pela abordagem poética proposta”.

Especifica ainda que neste trabalho, “a partir da busca por sua bisavó portuguesa, Keli Freitas desafia as ideias de imigração e pertencimento, pensa de forma comprometida as noções de cidadão e de estrangeiro e confronta estruturas em que se apoie qualquer xenofobia”, anunciando a mesma fonte que “vai estrear no âmbito dos Festivais Gil Vicente, no Centro Cultural Vila Flor, a 14 de junho de 2024”.

Quanto à área da dança e cruzamentos disciplinares, a escolha recaiu “no projeto ‘Musseque’, de Fábio Krayze, um artista que nasceu em Angola, mas que vive em Portugal há mais de 20 anos”, é focado na mesma nota.

Fábio Krayze – foto de Mariana Vicente

Explicou ainda que “o projeto destacou-se pela pungência discursiva, pela singularidade da abordagem e pela importância em contribuir para o fomento, para a visibilidade e para a sustentabilidade de formas e práticas estéticas historicamente afastadas dos principais circuitos artísticos”.

É também sublinhado que “em ‘Musseque’ irão revisitar-se as periferias de Luanda que são casa, os discursos que são a revolução e os corpos que são a resistência, num ritmo alucinante de quem continua para lá da guerra”, apontando a sua estreia para “o Cineteatro Louletano, a 15 de novembro do próximo ano”.

No que diz respeito à primeira edição do Projeto Casa, O Espaço do Tempo recordou que, “na área do teatro, foi escolhida a associação cultural Silent Party, com ‘Um Quarto só para Si’, que teve a sua estreia absoluta no passado dia 9 de junho, no Centro Cultural Vila Flor”.

Em relação ao domínio da dança, lembrou que “’Campo – Força – Chama’, de Josefa Pereira, foi o projeto selecionado nessa edição, o qual está em residência artística n’O Espaço do Tempo até 9 de setembro, acontecendo a sua estreia absoluta no 22 do mesmo mês, no Cineteatro Louletano”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: Mariana Vicente e Pri Maria

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Veja também

Évora – Sons no Salão: Celebração da Música Portuguesa, Orquestra do Alentejo

Hoje, dia 1 de Outubro às 18h30, no Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende …