Pelas 19h30, da passada sexta-feira, as portas da Quinta de Valbom, onde se encontra o Enoturismo da Adega Cartuxa, abriram para mais uma edição do EALive Évora. Um cenário idílico, onde o vinho “casa” na perfeição com a música, que se fez ouvir também no sábado e que vai voltar no próximo fim de semana.

Nesta primeira noite, o palco foi de Rui Veloso Trio – Alexandre Manaia e Eduardo Espinho, com a participação de um convidado especial, Vitorino. Cerca de 1200 pessoas deixaram-se encantar por temas que fazem parte do panorama musical português “desde sempre”, entoando em uníssono as letras de “Porto Sentido”, “Não há estrelas no céu”, “Prometido é devido”, “Porto Côvo” ou “Menina estás à janela”.

Em declarações aos jornalistas, João Teixeira, diretor comercial da Adega Cartuxa, começou por explicar que, “em 2021, tivemos uma limitação da capacidade devido à pandemia; no ano passado, já sem limitações, fizemos três dias consecutivos, que esgotaram; e nesta edição, como não temos capacidade para irmos muito mais para além dos 1200 lugares sentados, decidimos fazer dois fins de semana e termos quatro dias”.

O organizador do festival acrescentou ainda que, “para além deste dia extra, e indo de encontro ao que era uma solicitação de muita gente, prolongámos o festival, criando o conceito EALive Party”.

Adiantou que, “após o final da atuação do artista principal, temos a presença de um DJ da Rádio Comercial, no pátio principal da Adega Cartuxa, que é diferente em cada um dos dias”. Nesta sexta-feira, a festa continuou ao som do DJ Rob Willow.

Antes da atuação de Rui Veloso, o palco foi de Anibal Zola. A esse respeito, o mesmo responsável recordou que “continuamos a ter a aposta do Palco Esperança, para dar visibilidade a artistas emergentes que não tenham obras publicadas”.

Para João Teixeira, “o sucesso das edições anteriores, esta fórmula que já está consolidada, o termos o EALive Party e um cartaz bastante forte levaram a termos casa cheia e a que os bilhetes para o festival estejam esgotados há um mês”, revelando que “esperamos cerca de 5000 pessoas repartidas pelos quatro dias”.

No final, Rui Veloso disse que “o concerto correu bem e o público foi extraordinário”, agradecendo a sua presença.

Realçou ainda que “há 43 anos que vou de terra em terra, canto com as pessoas e elas cantam comigo”, admitindo que “é um prazer estar a tocar em cima do palco sem artifícios, é, essencialmente, um espetáculo humano”.

Rui Veloso confessou ainda que “fiquei muito feliz por ter aqui o Vitorino, a quem chamo Vitório”, evidenciando que “é um grande músico português que eu admiro muito e é um amigo inesquecível”.

Esse sentimento é recíproco por parte de Vitorino. “A amizade com o Rui tem muitas décadas, conheço-o desde miúdo, é um compositor excelente e temos muita cumplicidade”, garantindo que “considero que é dos companheiros mais próximo de mim na ética das coisas da música”.

Em relação a voltar a Évora, Vitorino confidenciou que “foi especial, sobretudo, por estar com o meu amigo Rui Veloso”, destacando que, a par disso, “foi muito comovente porque andei por aqui quando era estudante e foi aqui que compus a minha primeira canção”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: Vítor Godinho

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