Entre 6 e 11 de junho, a 16.ª edição da Bienal Internacional de Marionetas de Évora (BIME) permitiu vivenciar espetáculos para todos os gostos.

De diferentes tamanhos e cores, a representarem figuras mais ou menos tradicionais, estes bonecos “invadiram” Évora, mas também os concelhos vizinhos de Arraiolos e Reguengos de Monsaraz.

A Praça do Giraldo, o Jardim das Canas, o Largo da Sé, o Teatro Garcia de Resende ou o Palácio D. Manuel foram alguns dos palcos onde estas marionetas “ganharam vida”.

Cerca de 30 companhias e mais de 90 apresentações aconteceram ao longo destes seis dias. Foi possível cruzar-nos com artistas nacionais, mas também de outros países, nomeadamente da Bélgica, Brasil, Cabo Verde, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Inglaterra e Itália.

Além dos espetáculos, a programação incluiu o seminário internacional “A marioneta: um património em constante transformação”, em parceria com o CHAIA – Centro de História de Arte e Investigação Artística, da Universidade de Évora.

A par disso, destaque para a exposição “Marionetas: Escultura e Personagem”, de Helena Millán, com curadoria de Adolfo Ayuso, que fica patente no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo até 2 de julho.

Organizada pelo Cendrev – Centro Dramático de Évora, em conjunto com vários parceiros, a BIME teve a sua primeira edição em 1987 e tem como anfitriões os Bonecos de Santo Aleixo, sendo já uma referência no panorama nacional e internacional.

Segundo os promotores, a concretização da bienal foi possível “devido ao financiamento do Ministério da Cultura, através da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, e do financiamento da Câmara de Évora, parceira do Cendrev na sua realização.

Em declarações aos jornalistas, José Russo, diretor do Cendrev, disse que “a BIME já acontece desde há muitos anos nesta cidade e sempre foi muito bem acolhida pelo público”.

Recordou que, “em 2021, a Covid obrigou-nos a fazer uma bienal com características muito diferentes, só com companhias portuguesas”, afirmando que “isso não foi mau, foi bom, mas os espetáculos tiveram de ser em espaços fechados, ainda que ao ar livre, mas em locais em que pudéssemos controlar o público”.

José Russo realçou que, “desta vez, voltámos para a rua e a bienal ‘tomou conta’ da cidade durante estes seis dias”, comentando que “recebemos este grupo de gente que vem até aqui de vários pontos do mundo e que naturalmente fica fascinado com a nossa cidade, que é um palco natural ao ar livre”.

O mesmo responsável admitiu que “estamos muito contentes porque já estamos a pensar na próxima edição da BIME, algo que nunca conseguimos fazer nos anos anteriores”, considerando que “isso é muito relevante também neste percurso até 2027 para a Capital Europeia da Cultura”.

Salientou ainda o facto da BIME, este ano, estender-se até Arraiolos e Reguengos de Monsaraz, esperando que “seja um bom sinal também para as bienais futuras e que seja um caminho que possamos ir alargando ao longo do próximo período”.

Autor: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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