O Festival Imaterial, organizado pela Câmara Municipal de Évora e Fundação Inatel, teve início no passado dia 19 de maio na Sé Catedral de Évora numa homenagem a Vicente Lusitano. Um festival que ao longo do fim-de-semana chegou a mais de 1500 pessoas e que esgotou salas, proporcionando um inigualável encontro de culturas. Um encontro de novas formas de nos pensarmos como coletivo.

A semana começa às 18h30 no Auditório Soror Mariano, com a apresentação do filme La Tumba Mambi do DJ Jigüe Alexandrine Boudreault-Fournier, um documentário que foi recentemente galardoado com o prémio de Melhor Documentário Musical pelo Royal Anthropological Institute, do Reino Unido. Um filme de ficção documental baseado na Tumba Francesa La Caridad de Oriente, sedeada na cidade de Santiago de Cuba. A banda sonora original do filme, composta e produzida pelo DJ Jigüe, de Cuba em colaboração com membros da Tumba Francesa, recorda-nos, de forma rítmica e marcante, que o presente assenta numa história de luta pela liberdade. DJ Jigüe é atualmente um dos DJs mais conhecidos da cena eletrónica cubana, desenvolvendo a sua própria estética denominada Afrofuturismo Tropical.

Pelas 22h, no Teatro Garcia de Resende, os sons chegam da Geórgia. Iberi Chori porque Iberia é também a designação dos gregos e romanos antigos para a região oriental da Geórgia. Um grupo que se dedica ao específico canto polifónico georgiano, reconhecido pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade em 2001. Embora o canto georgiano tenha um tronco e um reportório tradicional comum a várias zonas do país, os membros do Iberi Choir tiram proveito das características de improvisação típicas desta música para recriar de forma única temas que fazem parte do património coletivo – e que tanto se inscrevem na música sacra, quanto nas canções de trabalho, tanto podem recuperar melodias de festa habitualmente servidas à mesa quanto canções de embalar. No fundo, como muitas vezes acontece, a música dos Iberi Choir é uma extensão do dia-a-dia, das preocupações, das crenças, dos motivos de celebração.

Neste festival as conversas também são histórias que são apresentadas como narrativas que se desprendem das canções e se estendem para lá dos palcos

No dia 24 de maio às 18h00 no Teatro Garcia de Resende, não pode perder o momento onde se vai conversar sobre o Cante Alentejano. O CANTE COMO LUGAR DE FUTURO, com Amílcar Vasques Dias, João Matias e Patrícia Portela, moderado por Gonçalo Frota.

No dia 26 de maio pelas 19h00, no Teatro Garcia de Resende o Festival Imaterial recebe uma delegação das Seychelles, que fará a APRESENTAÇÃO “Inscrição das Culturas Crioulas no Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO”.

E as conversas terminam no dia 27 de maio às 16h30 no Teatro Garcia de Resende, com a apresentação de AN(OTHER) ART OF EXISTENCE: VAGAR, por Paula Mota Garcia, coordenadora da Equipa de Missão Évora_27 Capital Europeia da Cultura.

INFORMAÇÕES SOBRE A BILHETEIRA

ENTRADA LIVRE. Reservas na BOL bilheteira online ou através do telefone 266 703 112/Teatro Garcia de Resende, de segunda a sexta 9h30 – 12h30 / 14h00 – 17h30. As reservas são limitadas a 4 bilhetes máximo por pessoa, e são válidas até 30 minutos antes do espetáculo, após essa hora os bilhetes de reservas serão libertados para público no local, não sendo garantidas excepções a nenhuma reserva.

Fonte: Nota de Imprensa / Câmara Municipal de Évora

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