A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo promoveu duas sessões de apresentação dos avisos do Programa Regional Alentejo 2030.
As ações de esclarecimento decorreram na passada quinta-feira e foram dirigidas aos beneficiários regionais do setor empresarial e do ensino superior.
As iniciativas contaram com a presença dos responsáveis da Autoridade de Gestão do Programa, nomeadamente António Ceia da Silva, presidente da CCDR do Alentejo, e dos vogais executivos, Filipe Palma e Tiago Teotónio Pereira, bem como de outros técnicos envolvidos no Alentejo 2030.
De acordo com a CCDR do Alentejo, foram apresentados “os Avisos e o Regulamento sobre a Inovação e Transição Digital, Fundo para a Transição Justa (FTJ) e Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CteSP)”.

À margem do evento, Ceia da Silva disse à comunicação social que “o que apresentámos aqui foram projetos para pequenas, médias e micro empresas e o objetivo foi dialogar com os agentes, empresários, associações empresariais e pessoas ligadas ao meio académico”.
Revelou também que “estes são os primeiros avisos a abrir e prevê-se que estejam disponíveis dentro de 15 dias”, garantindo que “estes primeiros avisos representam um total global de 36 milhões de euros”.
O presidente da CCDR do Alentejo esclareceu ainda que “nos outros quadros comunitários só tivemos o quadro seguinte quando o anterior estava terminado, mas não é este o caso, pois isso significaria que só estaríamos a falar dos primeiros avisos do Alentejo 2030 em 1 de janeiro de 2024”.
Sublinhou que “estamos em abril de 2023 a apresentar os novos avisos aos empresários na área da inovação produtiva e os CteSP aos politécnicos e à universidade”, considerando que “isso significa que estamos nos ‘timings’, eu diria até, acelerados, até porque ainda temos de executar muito no Alentejo 2020 até ao final deste ano”.
A esse respeito, Ceia da Silva disse que, “nesta fase, estamos com 82 por cento de execução”.
Em relação à estratégia para o Alentejo num sentido mais lato, anunciou que “há um conjunto de projetos que são fundamentais para o território, que não abrangeram esta reunião”, focando que “alguns estão praticamente concluídos, como a ligação Sines-Caia em alta velocidade, quer para mercadorias, quer para passageiros, ou a eletrificação da linha que liga Beja a Casa Branca, que também está completamente financiada no PT2030”.
Quanto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o mesmo responsável frisou que, “só em termos de agendas mobilizadoras, estão aprovados mais de mil milhões de euros de investimento”, constatando que “isso significa que é o maior investimento privado de sempre no Alentejo e para estar concluído em junho de 2026”.
Mostrou-se convicto de que “este é cada vez mais um território sedutor para as empresas, que tendem a fugir dos grandes aglomerados urbanos”, apontando que “há um conjunto de investimentos que vão transformar por completo o território”.
Ceia da Silva destacou ainda que “tudo isto representa milhares de postos de trabalho altamente qualificados, além dos empregos necessários para a construção desses equipamentos, o que significa o tal circuito vicioso, pois vai haver necessidade de habitação, escolas (que já temos), acessibilidades, atividades culturais, entre outras valências”.
Autor: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS