Foi com o músico montemorense Tó Pê, que iniciou a Sessão Solene 49 anos do 25 de Abril, que teve lugar no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Faria, em Montemor-o-Novo, a partir das 17h00, do dia 25 de abril de 2023. Na mesa da iniciativa, lado a lado, estiveram Carmen Carvalheira, Presidente da Assembleia Municipal, que moderou e abriu a Sessão, e Olímpio Galvão, Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.
Seguindo o modelo do ano passado, a iniciativa contou com intervenções de todas as forças políticas eleitas na Assembleia Municipal e, tal como referiu Olímpio Galvão, “esta é uma cerimónia de Liberdade Democrática, Liberdade de Pensamento e de Expressão, só possível com o novo executivo em funções desde outubro de 2021”.
Joel Pedreirinho, em representação do PSD, começou por dizer que “o Partido Social Democrata de Montemor-o-Novo tem orgulho em fazer parte desta história de luta pela democracia em Portugal. Desde a sua fundação, o PSD tem sido um partido comprometido com os valores da democracia, da liberdade e da justiça social. Temos lutado por um Portugal mais justo, onde todos têm as mesmas oportunidades e onde a liberdade é respeitada e protegida”. Joel Pedreirinho referiu igualmente que “a nível local continuamos exigentes quanto à nossa qualidade de vida, à qualidade de vida no nosso município e vigilantes quanto ao desenvolvimento económico e às oportunidades que o nosso município nos poderá conceder. É com este princípio que continuamos a trabalhar no nosso projeto de Coligação CDS/PSD “Juntos Para Fazer Diferente”, que se mantém e fortifica como um projeto consciente, responsável e ambicioso no sentido de trabalhar em prol de Montemor-o-Novo”.
António Pinto Xavier, em representação do CDS-PP, recordou que “o 25 de Abril é, também, um processo que se revela sempre que há democracia e sempre que ela se manifesta capaz de se proteger de si própria e dos seus inimigos – que os há em ambos os extremos do espectro político”. António Pinto Xavier considerou que “sermos senhores do nosso destino e do destino do nosso país foi o maior dos deveres que recebemos com o 25 de Abril”, tal “impõe-nos a responsabilidade de assumirmos que temos que enfrentar as responsabilidades e trabalhar para construir um futuro melhor, ou então, enfrentar as consequências”. O representante do CDS-PP explicou também que “quando não agimos, quando não votamos, permitimos que o nosso lugar seja ocupado por o de um tirano”. Dessa forma, disse o também vereador do CDS-PP/PSD, “viver em democracia e em liberdade requer coragem para agir e falar…e ser corajoso é uma opção! A democracia e a liberdade estão em risco, mas ainda há tempo de recuperar se trabalharmos em sociedade”.
Gil Porto, em representação da CDU, afirmou que “comemorar Abril é comemorar o Dia da Liberdade e o fim da ditadura, é ter presente o que significou, as transformações que trouxe, o progresso conseguido e as conquistas alcançadas”. De acordo com Gil Porto, “Foi a Revolução de Abril que mudou Portugal e a vida dos Portugueses”. No entanto, “atravessamos um momento em que é preciso abrir outra perspetiva para o desenvolvimento do País. Uma exigência tão premente, quando o País se confronta com um quadro político, económico e social marcado pela falta de resposta do governo aos problemas que se avolumam dia a após dia, agravando as condições de vida dos trabalhadores e do povo”, disse o vereador da CDU. Gil Porto referiu que “aqui, em Montemor-o-Novo, resultado da participação democrática, uma nova força política teve mais votos nas eleições autárquicas em 2021. No entanto, o coletivo que lutou e trabalhou até então, por e para Montemor-o-Novo continua… Atento, participativo, preponente e executivo”.
Carla Godinho, em representação do Partido Socialista, começou por dizer que estamos aqui para “celebrar Abril, celebrar a Igualdade, a Liberdade de mudar e decidir, o direito de eleger e ser eleito.”. A representante do PS explicou que “a democracia alcançada permite o confronto de ideias e a diferença política, mas também é feita de momentos de compromisso, sobretudo, quando está em causa o bem-estar das nossas populações. Este deve ser sempre o foco: as pessoas”. Criando com elas “uma relação de proximidade, comprometimento e confiança, derrubando os muros da incompreensão, afastando-nos de discursos populistas”. Para Carla Godinho “desde 1974 até hoje, o PS tem a sua assinatura em todas as grandes realizações da sociedade e do país” e “sem o Partido Socialista e contra o Partido Socialista não há soluções de esquerda em Portugal, e nas atuais circunstâncias, sem o PS e contra o PS também não há soluções de estabilidade política em Portugal.”
Também interveio na Sessão Solene “49 Anos do 25 de Abril”, o Presidente da Câmara Municipal, Olímpio Galvão. “Mais uma vez participamos aqui hoje numa cerimónia de Liberdade Democrática, Liberdade de Pensamento e de Expressão, só possível com o novo executivo em funções desde outubro de 2021!”, foram as primeiras palavras ditas pelo Presidente de Câmara, referindo que “o executivo à frente dos destinos da autarquia desde outubro de 2021 tem favorecido a inclusão, a união e a solidariedade. Apesar do acordo com a direita local, o executivo municipal é naturalmente dominado por uma política de esquerda, responsável, moderna, reformista e progressista”. Olímpio Galvão tem “o sonho que os jovens que hoje comemoraram Abril na Estafeta da Liberdade, e muitos como eles, consigam fixar-se em Montemor, e que sejam os próximos decisores económicos, políticos, do nosso concelho. Que Montemor não perca mais população e consiga atrair muitos mais, que venham por bem”.
Carmen Carvalheira, a Presidente da Assembleia Municipal, terminou a sessão referindo que “comemorar Abril, é trazer à memória tempos realmente difíceis, tempos de desigualdades extremas, tempos em que poucos eram os que podiam reclamar direitos, tempos sem espaço de opinião, sem liberdade de pensamento, sem direito à saúde, sem acesso à educação, sem um estado que garante serviços básicos que hoje, são tão presentes, que quase nos esquecemos de lembrar que se devem à revolução de Abril, se devem a homens e mulheres que nunca baixaram os braços para lutar pelo fim da ditadura e pelo direito a serem livres”. Na sua intervenção, Carmen Carvalheira, mencionou também que, “enquanto formos livres de escolher quem nos governa poderemos sempre dizer não a quem nos quiser limitar a Liberdade! É em Liberdade que podemos e devemos defender a Liberdade, porque se a perdermos deixamos de a defender para termos de lutar por ela, e isso é significativamente mais difícil! Não podemos correr esse risco!”.
Fonte: Câmara Municipal de Montemor-o-Novo